26/Mar/2025
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, defendeu retirar os preços dos alimentos e da energia do cálculo da inflação. Ele defendeu um cálculo feito nos moldes do que acontece nos Estados Unidos. O modelo norte-americano tira do cálculo da inflação alimento, porque alimento é muito clima. Se acontece uma seca muito forte, uma alteração climática muito grande, vai subir o preço de alimento, e não adianta aumentar os juros, que não vai “fazer chover”. Segundo ele, isso só prejudica a economia. No caso do Brasil, pior ainda, porque aumenta a dívida pública. Cada 1% da taxa Selic o impacto é de R$ 48 bilhões na dívida, no pagamento da dívida.
Os Estados Unidos também retiram do cálculo a energia e preço de barril de petróleo, pois não adianta aumentar juros, que não vai baixar o barril do petróleo. Isso é guerra, é geopolítica. Então fica excluído no cálculo. Segundo ele, essa é uma “medida inteligente”. Alckmin defendeu aumentar os juros naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação. Ele reforçou que a redução da inflação é essencial. A inflação não é neutra socialmente, ela atinge muito mais o assalariado que tem reajuste normalmente uma vez por ano e vê todo mês, todo dia, o seu salário perder poder aquisitivo.
Essa é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central. O presidente em exercício ressaltou que não adianta elevar os juros para combater a inflação de choques de alimentos e petróleo. O Banco Central deverá analisar a questão da alta da Selic diante de choques inflacionários. Alckmin aposta na safra recorde de grãos e na apreciação do Real ante o dólar para reduzir a inflação. A projeção do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu pela segunda semana seguida, de 5,66% para 5,65%. Um mês antes, também estava em 5,65%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.