31/Mar/2025
A Systemica, empresa que desenvolve projetos de carbono e que tem como sócia o banco BTG Pactual, venceu o primeiro leilão do País de floresta desmatada. Na sexta-feira (28/03), o governo do Pará concedeu a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX) para reflorestamento. A Systemica era a única companhia apta a participar do certame. A empresa deverá restaurar a área de 10,3 mil hectares por um período de dez anos. Terá de investir R$ 258 milhões no projeto e, em troca, poderá vender os créditos de carbono gerados no território.
O lance da Systemica foi R$ 150 mil de outorga fixa e uma outorga variável de 6% da receita operacional bruta, percentual máximo permitido pelo edital. Uma outra empresa, a Genuíno Reflorestamento, também havia entregado envelope com proposta, mas não apresentou toda a documentação exigida para o certame. De acordo com texto publicado no Diário Oficial do Pará, a companhia não comprovou a legitimidade do seu suposto representante legal. Não foram entregues contrato social nem documentos pessoais do representante. Além desses 10,3 mil hectares, o governo do Pará pretende conceder mais 30 mil hectares para a iniciativa privada reflorestar.
O governo federal também planeja fazer certames semelhantes para cerca de 500 mil hectares. Esse primeiro leilão, portanto, era considerado um teste no setor. A Systemica e a Genuíno foram, no entanto, as duas únicas empresas a fazerem lances. No mercado, houve quem considerasse que desafios logísticos na região concedida tornam difícil o desenvolvimento do projeto de carbono. Há também quem aponte que as empresas estão ainda definindo quais territórios fazem sentido para elas explorarem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.