31/Mar/2025

Segundo a Cargill, durante sua participação no COP30 Business Forum, promovido na sexta-feira (28/03) em São Paulo pela Amcham Brasil, o Brasil tem potencial para se tornar um modelo global na construção de soluções sustentáveis para o agronegócio, desde que coloque o produtor rural no centro das estratégias de financiamento climático. O produtor rural deve ser reconhecido como "agente de transformação" na transição para uma economia de baixo carbono. Nada será feito, especialmente em restauração, sem que o produtor esteja no centro dessa discussão. Porém, é preciso criar condições financeiras viáveis para que os agricultores adotem práticas sustentáveis.

O desafio está em garantir crédito e mecanismos de garantia adequados. Um sistema agroflorestal pode custar R$ 30 mil por hectare, enquanto uma pastagem degradada não oferece lastro suficiente. É preciso de modelos financeiros que considerem essa realidade. Além disso, o Código Florestal brasileiro é uma estrutura avançada, mas ainda subutilizada. O Brasil criou um arcabouço espetacular ao tratar a floresta em pé como um ativo a ser preservado, mas precisa avançar em mecanismos que valorizem isso além do carbono. O País tem a oportunidade de exportar esse modelo para outras nações, unindo setor produtivo, instituições financeiras e políticas públicas. O Brasil tem o ecossistema necessário para liderar essa agenda, mas precisa alinhar forças para gerar impacto real. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.