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11/Apr/2025

Brasil deverá priorizar as negociações com os EUA

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu que o Brasil continue priorizando as negociações com os Estados Unidos em meio ao tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump. Questionado se as exportações brasileiras aos Estados Unidos devem continuar, Fávaro respondeu que "crê que sim". Os produtores e a agroindústria brasileira são muito competitivos. Ninguém no mundo consegue oferecer a sanidade dos produtos e garantia de fornecimento como o Brasil tem. A questão tarifária, neste momento, é menos relevante para os produtores brasileiros e o País deve ocupar cada vez mais espaço no comércio mundial. Em relação à pausa anunciada na quarta-feira (09/04) por Trump de 90 dias na adoção das tarifas recíprocas, Fávaro afirmou que considera as ações do governo norte-americano uma "trampolinagem" e classificou as medidas como heterodoxas e de destempero. É um governo dito liberal, de direita radical, que está fazendo trampolinagem com a relação comercial mundial.

Ao passo que o governo brasileiro é progressista, defende o multilateralismo e as medidas muito mais ortodoxas de crescimento econômico de forma sustentável. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) reiterou que a orientação do governo brasileiro é negociar com os Estados Unidos nesse momento de indefinição em relação às tarifas de comércio adotadas pelos norte-americanos. O País mantém o diálogo aberto com as autoridades dos Estados Unidos. O cenário externo é desafiador e as mudanças acontecem a todo momento. Há preocupações com o risco de desvio de comércio no Brasil. O governo está monitorando mudanças significativas, atípicas nos fluxos de comércio.

Na primeira versão da guerra comercial, houve um crescimento das exportações do Brasil de soja para a China. Os riscos, primeiro, para a economia mundial, comércio global, para a governança do comércio internacional, são muito significativos. O Brasil é um país que depende do multilateralismo, defende um comércio baseado em regras e, portanto, não gostaria de ver a situação atual se deteriorando. O MDIC acompanha riscos e oportunidades à medida que a situação evolua. Na quarta-feira (09/04), o governo dos Estados Unidos anunciou a suspensão temporária das tarifas recíprocas, à exceção da China. O congelamento vale por 90 dias apenas para países que não retaliaram os Estados Unidos, o que afeta a vantagem comparativa que o Brasil, que manterá a tarifa de 10%, poderia ter frente a países com tarifas mais altas. O governo brasileiro adotou uma postura de discrição em relação a essas negociações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.