11/Apr/2025
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a afirmar que a prioridade no próximo Plano Safra, que passa a valer em 1º de julho, será a subvenção das linhas de crédito rural do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural. A ideia é gastar o máximo possível de recursos do Tesouro para manter o Pronamp nos níveis atuais, com juros de 8% ao ano. Mas, isso requer muito mais recursos do Tesouro. A priorização à subvenção do Pronamp ocorre em meio ao aperto orçamentário do Executivo e à escalada dos juros, que eleva o custo de equalização das taxas para o Tesouro. No plano safra atual, com vigência até 30 de julho, o governo disponibilizou R$ 65 bilhões em financiamentos voltados ao Pronamp.
Na avaliação de Fávaro, com a Selic atual em 14,25% ao ano, a manutenção das taxas de juros do Pronamp da safra atual manteria o programa ainda atraente para os médios produtores. Assim, ele continua sendo bastante atrativo para médios produtores. E o governo pode fazer direcionamento para plantar mais arroz, feijão, batata, por exemplo. Para os demais produtores, de grande porte, o Ministério da Agricultura quer potencializar as linhas dolarizadas. A linha dolarizada tem custo zero para o Tesouro, mas juros ainda abaixo de 10%, sendo praticado hoje em 8,5% ao ano e custo da variação cambial para produtores que têm hedge natural. Serão as linhas gerais do novo Plano Safra para que seja possível ter um Plano Safra maior que o do ano passado, apesar da Selic elevada.
A Pasta se reuniu com o Banco do Brasil para discutir as linhas dolarizadas e vai se encontrar com demais instituições financeiras. O Ministério da Agricultura estuda a ampliação das linhas de crédito dolarizadas para melhorar a oferta de crédito rural. A ideia do governo é ampliar a captação internacional de recursos já para o próximo Plano Safra 2025/2026 para oferta de recursos com juros mais atraentes ao setor. Hoje, as linhas dolarizadas estão voltadas a investimento com taxas que variam de 8% a 9% ao ano para compra de máquinas, equipamentos e armazéns para produtores com receita atrelada à exportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.