14/Apr/2025
O Goldman Sachs elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 1,7% para 2,0% em 2025, após o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) acima do esperado e incorporando também dados revisados, medidas fiscais, parafiscais e de crédito estimulativas. A expectativa é de que a atividade real se beneficie de transferências fiscais federais para famílias de baixa renda, que têm maior propensão ao consumo; expansão da renda disponível das famílias; e novos programas de empréstimos lastreados em folha de pagamento.
O contraponto fica para as condições monetárias e financeiras domésticas mais apertadas, além de altos níveis de endividamento das famílias, enquanto a taxa de desemprego está abaixo do NAIRU e o hiato do produto está em território positivo. Em uma base anual, a atividade real registrou uma variação de 4,10% em fevereiro, acima do consenso de 3,60% ano a ano, destaca Ramos. O IBC-Br subiu 0,4% em fevereiro na comparação com janeiro. O Goldman menciona, ainda, que elevou a previsão do PIB para o primeiro trimestre de 2025 para 1,0%, ante base trimestral.
O JPMorgan, que tem como cenário base uma recessão global, reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,2% para 1,9% em 2025 e de 1,5% para 1,2% em 2026. Para este ano, o crescimento será puxado principalmente pela atividade econômica forte do primeiro trimestre, impulsionado pela forte produção agrícola. Era previsto um pouso suave para a economia brasileira. Contudo, um dos principais riscos para essa perspectiva, o risco externo, está se concretizando na forma de uma guerra comercial mais ampla e incerta.
Conforme o JPMorgan Global Research, a estimativa é de 60% de chances de uma recessão mundial com queda no crescimento do PIB dos Estados Unidos. No Brasil, a economia enfrentará uma desaceleração mais acentuada no segundo semestre do ano. Apesar de reduzir a estimativa para a atividade econômica, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 se manteve em 5,5%, já que a desvalorização cambial pode compensar uma desaceleração econômica no curto prazo. Para 2026, a expectativa é de que o IPCA desacelere a 3,2%, previsão bem abaixo do consenso devido ao choque na atividade.
Segundo o Buysidebrazil, o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro corrobora o cenário de que a atividade está concentrada na agropecuária no primeiro trimestre de 2025. O IBC-Br cresceu 0,40% em fevereiro, resultado acima das previsões. Ao olhar para a composição do IBC-Br, a desaceleração era esperada na parte cíclica da economia, com destaque para a contribuição da agropecuária, no acumulado em 12 meses o índice avançou de 3,6% em janeiro para 4,1% em fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.