15/Apr/2025
Dos alagamentos às ondas de calor excessivo, os transtornos causados pelas mudanças climáticas têm afetado não só a qualidade de vida dos moradores nos Estados brasileiros, mas também a estabilidade do comércio. Em São Paulo, por exemplo, 64,5% das empresas foram impactadas por eventos climáticos no ano de 2024. Por causa disso, 44,5% delas tiveram prejuízos financeiros. Os dados fazem parte de um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Entre os impactos relatados pelos entrevistados, estão perdas de estoque em virtude de alagamentos e falta de energia elétrica e redução no movimento de clientes, além do aumento de preço de mercadorias. O levantamento não aponta o volume dos prejuízos financeiros relatados pelos empresários, mas dados da entidade divulgados em outubro de 2024 mostram que, devido aos dias afetados por corte de energia elétrica durante as enchentes ocorridas no período, o setor teve perdas por falta de faturamento somadas em R$ 2 bilhões somente na região metropolitana de São Paulo. Apesar dos impactos relatados pelos empresários, o engajamento para reduzir as mudanças climáticas ainda parece ser um desafio.
Quase 60% dos líderes ouvidos afirmam que suas empresas não adotam atualmente nenhuma medida para redução de emissões de gases poluentes. Além disso, 43% deles não estão dispostos a investir futuramente na redução dessas emissões. Trocar lâmpadas ou adquirir refrigeração mais eficiente é um investimento. Em muitos casos, o empresário faz essa ação, mas não vê a relação dela com a redução de gases de efeito estufa. Falta, principalmente para o pequeno ou médio negócio, esse conhecimento técnico. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.