15/Apr/2025
Segundo o Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável em fevereiro ante janeiro e cresceu 2,7% em relação a fevereiro do ano passado. A taxa acumulada em 12 meses até fevereiro foi de 3,1%. A estabilidade da economia entre janeiro e fevereiro reflete a combinação de crescimento na indústria e nos investimentos e de retrações no consumo, na agropecuária e nas exportações, bem como a estagnação do setor de serviços. Apesar de alguns destaques positivos, há perda de força na economia, com retrações em componentes importantes do PIB. Porém, a economia brasileira ainda não está encolhendo mesmo sob um contexto desafiador, com maior incerteza externa e tendência de aumento da taxa de juros interna.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. No trimestre encerrado em fevereiro, o Monitor do PIB aponta crescimento de 2,6% em relação a um ano antes. Nesta mesma comparação, o ritmo de alta do consumo das famílias desacelerou para 2,7%, de 3,1% no trimestre terminado em janeiro, seguindo a tendência iniciada no final de 2024. A expansão da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) também desacelerou (8,7% para 8,2%), continuando o movimento observado desde o terceiro trimestre do ano passado.
A exportação encolheu 2,8% no trimestre terminado em fevereiro, após retração de 2,7% no trimestre até janeiro, refletindo o desempenho negativo das exportações dos produtos agropecuários e da extrativa mineral. As importações cresceram 15,2% trimestre até fevereiro, taxa maior que a de 12,2% observada no trimestre até janeiro. Houve reversão da trajetória declinante que vinha sendo observada por causa das compras de bens de capital, com destaque para as plataformas de exploração de petróleo. A taxa de investimento em fevereiro ficou estável em 19,4% no trimestre até fevereiro. Em termos monetários, a estimativa é de que o PIB no primeiro bimestre de 2025, em valores correntes, tenha sido de R$ 2,203 trilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.