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17/Apr/2025

China deve ser alçada à maior economia do mundo

Segundo a Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec Brasil), nunca viu crise patrocinada por presidente da maior economia global e a China pode ser alçada ao posto de maior potência econômica em poucos anos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode estar "blefando" para negociar com vantagens sobre as tarifas que impôs aos países, mas também é possível que o republicano pode estar levando a "ferro e fogo" sua medida. Donald Trump quer ressuscitar siderurgia e automação, o que traz mais turbulências. Os indicadores econômicos ainda mostram situação tranquila para os Estados Unidos, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo 2% nas projeções. De toda forma, alguns estragos já foram feitos, e Trump trouxe incerteza sobre abertura econômica. O eixo de negociação pode se mover lentamente, e outras moedas, como o euro, podem ganhar maior dimensão. O mercado assistiu a mudanças em relação aos Treasuries recentemente, e a China tem reserva boa dos títulos da dívida norte-americana.

Segundo o Commerzbank, apesar da China ter registrado um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado no primeiro trimestre, a economia do país deve sofrer uma pressão significativa nos próximos trimestres por conta das tarifas dos Estados Unidos. Diante deste cenário, o banco alemão revisou para baixo a previsão de expansão do PIB da China para 3,8% e 3,6%, respectivamente, para 2025 e 2026, ante 4,3% e 4% anteriormente. A previsão sinaliza preocupações sobre o crescimento da China nos próximos dois anos. Para neutralizar o impacto das tarifas, o governo chinês deve avançar com as medidas de estímulo. Mais pistas provavelmente serão fornecidas e medidas políticas mais concretas serão anunciadas após a reunião do Politburo no final deste mês.

Segundo o ING, a China registrou um crescimento sólido do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025, mas provavelmente precisará de mais apoio para atingir a meta de 5% neste ano. O avanço no período aconteceu pelo suporte político e demanda interna, mas os obstáculos tarifários devem exigir mais flexibilização monetária e fiscal no futuro. A próxima reunião do Politburo, prevista para acontecer no final deste mês, pode ser uma plataforma para anunciar novas medidas de estímulo. A China deve continue a tomar as medidas necessárias para atingir a meta de crescimento de cerca de 5% deste ano. O crescimento do segundo trimestre provavelmente será afetado pela forte escalada da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos. O presidente da China, Xi Jinping, está apresentando a China como fonte de "estabilidade e certeza" durante um giro pelo Sudeste Asiático nesta semana.

Na segunda-feira (14/04), Xi foi recebido em Hanói com pompa pelo presidente do Vietnã, Luong Cuong. Na terça-feira (15/04), o líder chinês chegou a Kuala Lumpur, na Malásia. A viagem ainda terá uma parada no Camboja. No Vietnã, Xi afirmou que os dois países trouxeram ao mundo estabilidade e certeza em um mundo “turbulento". Como beneficiários da globalização econômica, tanto a China quanto o Vietnã devem fortalecer a determinação estratégica, opor-se conjuntamente a atos de intimidação unilaterais, defender o sistema global de livre comércio e manter as cadeias industriais e de suprimentos globais estáveis, afirmou o presidente da China, em meio à guerra tarifária com os Estados Unidos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reclamou da reunião, que teria servido para “descobrir como prejudicar" o país. Na Malásia, Xi deve discutir um acordo de livre comércio entre a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Anas), composta por dez membros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.