17/Apr/2025
O Bank of America (BofA) afirma que a política tarifária dos Estados Unidos permanece como o principal risco para ativos da América Latina, mas destaca que preocupações sobre uma desaceleração na China e a queda nos preços das commodities aumentaram (de 6% em março para 20% em abril). A avaliação ocorre com base em pesquisa feita com gestores de fundos da América Latina. Considerando as recentes discussões sobre tarifas dos Estados Unidos, 41% dos participantes dizem que esperam uma deterioração adicional nos preços dos ativos do México (vs 22% para o Brasil).
Apenas 16% disseram que os impactos já estão precificados para o México (vs 31% para o Brasil). Outros 9% pensam que o Brasil poderia se beneficiar das discussões tarifárias em andamento. O apetite por risco diminuiu em abril, com apenas 6% dos participantes da pesquisa dizendo que estão assumindo mais riscos do que o normal (contra 21% no mês passado). Mais investidores estão underweight (com exposição abaixo da média) para ações de consumo discricionário do que em março, enquanto os setores financeiro e de utilities permanecem em overweight (exposição acima da média).
Apenas 18% dos participantes da pesquisa esperam que o Ibovespa supere o nível dos 140 mil pontos até o fim de 2025, número menor do que os 21% do mês anterior. As expectativas em relação ao câmbio permanecem inalteradas, com projeção de dólar mais fraco neste ano, em torno de R$ 5,80. Em relação à política monetária, dois terços dos participantes esperam que a Selic terminal fique entre 14,50% e 15,00%, contra projeção de 17% do mercado no início do ano. Apenas 16% esperam que os juros fiquem acima do nível de 15%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.