24/Apr/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que as tarifas sobre a China podem ser reduzidas. Ele afirmou que as tarifas vão “cair bastante”, mas não vai ser zero. De fato, o governo Trump está considerando reduzir suas altas tarifas sobre importações chinesas, em alguns casos, em mais da metade, em uma tentativa de apaziguar as tensões com a China, que têm afetado o comércio e os investimentos globais. Donald Trump ainda não tomou uma decisão final. A decisão, no entanto, seria tomada em conjunto como parte das negociações para diminuir as tensões entre os países, mas não de forma unilateral. As discussões permanecem fluidas e várias opções estão em pauta. As tarifas sobre a China provavelmente cairão para algo entre 50% e 65%.
O governo norte-americano também está considerando uma abordagem escalonada semelhante à proposta pelo comitê da Câmara sobre a China no final do ano passado: impostos de 35% para itens que os Estados Unidos não consideram uma ameaça à segurança nacional e pelo menos 100% para itens considerados estratégicos para os interesses dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (23/04), Donald Trump reiterou que buscará "fazer um acordo justo de comércio com a China" e destacou que "todos os países querem fazer acordos conosco" sobre a política tarifária recíproca adotada pelos Estados Unidos. "A China, a União Europeia, eles estão se aproveitando dos Estados Unidos", afirmou Trump, referindo-se aos acordos comerciais mútuos.
"Com as tarifas, vamos conseguir reduzir impostos substancialmente. Vamos fazer muito dinheiro para nosso povo novamente. No governo Biden, os Estados Unidos perdiam não bilhões, mas trilhões de dólares por ano com acordos injustos. Isso acabou", concluiu. Os comentários aconteceram após circularem na imprensa internacional notícias de que Donald Trump estaria disposto a reduzir para a faixa de 50% a 65% as tarifas sobre a China, caso o país aceite negociar. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, enxerga uma oportunidade para um grande acordo entre Estados Unidos e China, desde que o país asiático esteja "compromissado" com seu reequilíbrio econômico interno. Bessent ainda acrescentou que a China chegará à conclusão de que precisa de mudanças econômicas, e que às vezes é necessário um empurrão externo para isso.
Por outro lado, as negociações entre Estados Unidos e China para combater o tráfico de fentanil seguem ao mesmo tempo em que se intensifica a guerra comercial entre os dois países. As conversas, contudo, estão “por um fio”. O governo norte-americano exige ações mais firmes da China contra produtores e exportadores de precursores químicos usados por cartéis, acusando o governo chinês de negociar de má-fé. A China, por sua vez, condiciona a cooperação ao fim das tarifas consideradas injustas. Apesar de trocas regulares de informações, autoridades norte-americanas consideram insuficientes as medidas propostas pela China, incluindo o controle de precursores já exigido por acordos internacionais. Donald Trump ameaça impor novas sanções, enquanto a China alerta que responderá a qualquer tentativa de pressão ou extorsão. Fontes: Broadcast Agro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.