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25/Apr/2025

China aposta que EUA voltarão atrás em suas tarifas

O aparente abrandamento das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China nos últimos dias animou os mercados e aumentou as esperanças de uma distensão entre as duas maiores economias do mundo. Para os líderes chineses, isso apenas fortalece sua determinação de que Trump acabará cedendo. Nesta quinta-feira (24/04), o presidente norte-americano disse que seu governo está conversando sobre comércio com a China, sem fornecer detalhes. O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou que a guerra tarifária foi lançada pelos Estados Unidos, e a posição da China sempre foi clara e consistente. Ainda, qualquer diálogo ou negociação deve ser baseado na igualdade, no respeito e no benefício mútuo. O Ministério do Comércio chinês, por sua vez, exigiu que Trump eliminasse completamente as tarifas unilaterais se ele estiver falando sério sobre a resolução de disputas comerciais por meio do diálogo.

A China diz que está mais bem preparada para suportar as tarifas dos Estados Unidos do que no primeiro mandato de Donald Trump, com sua economia menos dependente da tecnologia norte-americana e suas parcerias comerciais mais diversificadas. A reticência da China em relação às negociações reflete, em parte, a falta de confiança em Donald Trump e em quaisquer promessas que ele possa fazer. Mesmo que os Estados Unidos reduzam as tarifas para cerca de 50% a 65%, uma possibilidade que está sendo considerada pelo governo norte-americano), isso ainda poderia deixar muitos produtos chineses fora dos mercados norte-americanos. Uma opção potencialmente mais atraente para China seria ambos os lados reverterem temporariamente os recentes aumentos tarifários enquanto conversam sobre uma solução de longo prazo.

Para a 22V Research, se Donald Trump oferecer um adiamento dos recentes aumentos de tarifas enquanto os dois lados entram em negociações, a China provavelmente retribuirá. No entanto, se Trump exigir concessões primeiro, a liderança da China aguardará para ver se as pressões políticas e econômicas o forçam a recuar. Apesar dos desafios, Xi Jinping acredita que a economia chinesa pode resistir a um colapso no comércio com os Estados Unidos. As autoridades estão implementando medidas de estímulo com o objetivo de impulsionar a economia, aumentando o consumo e o investimento em infraestrutura, o que, segundo os economistas, deve compensar, pelo menos parcialmente, qualquer impacto no comércio no curto prazo. Para a Capital Economics, as tensões podem facilmente voltar a se acender se as negociações não chegarem a lugar algum, com o risco de que o conflito se estenda a outras áreas, como investimentos e finanças internacionais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.