ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

29/Apr/2025

COP30: maior apoio privado para países emergentes

A secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, cobrou maior apoio do capital privado a países emergentes e em desenvolvimento, em discurso na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta segunda-feira (28/04). Dos mais de US$ 100 trilhões disponíveis no mundo, apenas entre 10% e 15% vão para esses mercados. Além dos fortes argumentos para investimentos verdes e sustentáveis, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que acontece em novembro, no Brasil, é uma oportunidade para que países emergentes e em desenvolvimento se unam e atraiam mais capital privado externo. Especialmente neste ano, há uma oportunidade importante de escalar o financiamento climático no caminho para a COP30, em particular com a colaboração para construir um roteiro para investimentos de US$ 1,3 trilhão.

Neste momento, Brasil e Azerbaijão estão debruçados em reunir sugestões em um relatório para ampliar o financiamento climático de US$ 300 bilhões para US$ 1,3 trilhão por ano até 2035. O documento será apresentado na COP30. A cifra contempla todos os tipos de investimentos, públicos e privados, além de fontes de recursos bilaterais, multilaterais, entre outras. Na semana passada, uma reunião do chamado "Mapa do Caminho de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão por ano" foi realizada às margens dos encontros de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington (EUA). Em paralelo, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu um "roteiro confiável" para garantir mais recursos para financiar ações climáticas.

A ação para galgar US$ 1,3 trilhão em investimentos por ano está baseada em três premissas: reforma da arquitetura financeira internacional, melhorias regulatórias no sistema financeiro internacional e condições domésticas mais propícias. É preciso que os países estejam na vanguarda do estabelecimento de suas NDCs e seus próprios planos de transição, que na prática são os planos nacionais de ação climática que os signatários do Acordo de Paris têm de apresentar. O prazo das novas NDCs era fevereiro, mas foi adiado para setembro deste ano. O Brasil já apresentou suas ações. Rosito defendeu ainda a expansão dos fundos climáticos verticais e dos recursos concessionais. Os recursos concessionais são essenciais para a redução de risco. Portanto, é preciso de mais compromissos com capital catalítico para isso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.