29/Apr/2025
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (28/04) que o governo federal trabalha para modernizar o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), com o objetivo de ampliar a cobertura e tornar o sistema mais eficiente. Está sendo construída uma alternativa que vai se complementar a isso, modernizando. Segundo Fávaro, embora o orçamento do PSR tenha sido elevado para R$ 1,3 bilhão no ano passado, o valor ainda é considerado insuficiente para atender toda a demanda dos produtores. Ele destacou que a ampliação do seguro rural não dependerá exclusivamente de recursos do Orçamento Geral da União.
Entre as medidas em estudo, o ministro destacou o desenvolvimento de seguros paramétricos, baseados em novas tecnologias. Segundo ele, o novo modelo utilizará inteligência artificial, previsão climática de médio prazo, que possa garantir então que o produtor e a seguradora se encontrem no meio termo, onde apólice é mais barata, mas cobre aquilo que de fato o produtor precisa. Carlos Fávaro lembrou que, mesmo em governos anteriores, o aumento do orçamento para o seguro rural era um desafio. “Há muitos anos, a própria ministra Tereza Cristina, hoje senadora (PP-MS), minha colega, ela lutou muito por isso e não conseguiu passar de um bilhão de reais", comentou.
De acordo com o ministro, a estratégia do governo é inovar nas medidas de proteção ao produtor. Não é só o Orçamento Geral da União que vai prover as políticas públicas. É a inovação de medidas que está dando certo. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou a estrutura atual de crédito e seguro agrícola no Brasil e defendeu o fortalecimento de instrumentos privados de financiamento do setor, como os Fiagros. A área segurada no Brasil caiu de 14 milhões de hectares, na safra de 2021, para 7 milhões na safra de 2024. Também criticou os cortes no orçamento do seguro rural.
O Proagro custou, dois anos atrás, praticamente R$ 11 bilhões. Houve um corte contundente de quase 40%. E esses beneficiários migraram para o plano de seguro rural, que neste Plano Safra efetivou apenas R$ 824 milhões. O pedido mínimo era de, pelo menos, R$ 3 bilhões. A FPA propôs um novo modelo de seguro agrícola, inspirado em experiências internacionais, como dos Estados Unidos, México e Índia. Um projeto de lei já está tramitando no Senado, de um sistema que atenda efetivamente às necessidades da produção sem depender apenas da mão forte do Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.