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29/Apr/2025

Plano Safra 2025/2026: FPA apresenta propostas

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) apresentou nesta segunda-feira (28/04) suas propostas para o Plano Safra 2025/2026. A principal demanda é de aporte público de R$ 25 bilhões para a equalização de juros, além da destinação de pelo menos 1% do valor total do plano para subvenção ao seguro rural. A ideia é garantir previsibilidade ao produtor e evitar novas interrupções no crédito rural, como a ocorrida em fevereiro deste ano. A sugestão foi construída com base nas contribuições das 59 entidades que integram o Instituto Pensar Agro (IPA). Um dos principais pontos destacados é a necessidade de um aporte maior para a equalização de juros, diante da expectativa de uma taxa Selic próxima a 15% em julho. Essa equalização, que é o que de fato custa para os cofres públicos, teria que ter necessidade de pelo menos R$ 25 bilhões. Na safra atual (2024/2025), o financiamento estimado, incluindo recursos públicos e privados, é de R$ 1,2 trilhão, sendo que o Plano Safra respondeu por R$ 476,5 bilhões.

Para a próxima safra, estima-se um custo de R$ 1,3 trilhão. Outro destaque da proposta é o fortalecimento do seguro rural, especialmente diante de problemas climáticos recorrentes como os registrados no Rio Grande do Sul e na Região Centro-Oeste. A ideia é destinar 1% do valor total do plano exclusivamente para esse fim. Com a estimativa de um Plano Safra de R$ 599 bilhões, o valor seria de R$ 59,9 bilhões. A FPA também defende a criação de uma “Farm Bill brasileira”, uma política agrícola plurianual, inspirada no modelo dos Estados Unidos. O deseja seria conseguir fazer um planejamento plurianual da safra, que seja de cinco anos e que tenha previsibilidade orçamentária. A FPA avaliou como positiva a sinalização dada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin em defesa de um Plano Safra robusto, mas reforçou que o setor espera celeridade nas negociações com o governo federal. A principal sinalização foi a possibilidade de sentar-se à mesa e negociar.

No domingo (27/04), na abertura oficial da feira Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), o vice-presidente prometeu trabalhar por um Plano Safra à altura da importância do agronegócio na economia nacional. Apesar de ainda não haver discussões sobre valores, o aceno do governo é bem-vindo. O governo entende a necessidade de um Plano Safra robusto, sabe o que isso representa em termos de volume e importância para a economia nacional. Sabe da participação do Agro no PIB e da importância de manter a economia girando. O agro não pode ser deixado de lado em um momento de incertezas econômicas. A negociação deve ir além de disputas partidárias. Essa é uma questão que vai além de qualquer desempenho político ou diferença ideológica. É uma política de Estado. As propostas da FPA, apresentadas nesta segunda-feira (28/04), serão protocoladas formalmente nos próximos dias, abrindo oficialmente a mesa de negociação com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Fazenda e com o Tesouro Nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.