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30/Apr/2025

Brasil segue em negociação com EUA sobre tarifas

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou nesta terça-feira (29/04), que o Brasil tem buscado junto aos Estados Unidos mitigar os riscos gerados pelo tarifaço e eliminar as barreiras que afetam o comércio dos brasileiros com os norte-americanos. As conversas têm ocorrido de forma regular por videoconferência, no âmbito do Acordo de Comércio e Cooperação Econômica dos dois países. No diálogo com os norte-americanos, o governo tem destacado a importância do comércio bilateral, frisando que o Brasil não é um problema para os Estados Unidos, que guarda superávit comercial nas trocas com os brasileiros. Essa situação mostra que o País não deve ser um foco de atenção. Nas tratativas, o Brasil também tem ressaltado a integração produtiva entre os dois mercados, como acontece no setor siderúrgico. Não há vencedores numa guerra comercial.

Essa é uma mensagem importante que orienta a atuação do MDIC para buscar negociar com os Estados Unidos. Foram destacadas as implicações globais da política do republicano, com repercussões no multilateralismo e no conceito do comércio baseado em regras. Entre as implicações, estão o risco de tensões comerciais, contramedidas em cadeia, retaliações, aumento incerteza global, pressão negativa sobre PIB mundial, comércio e pressão sobre investimentos. Sobre o mercado interno, entre os impactos negativos para o Brasil estão o desvio de comércio, com aumento de importações para o País, e o risco de produtores brasileiros perderem acesso ao mercado norte-americano. Esse segundo risco, por sua vez, é relativamente menor agora porque o Brasil ficou na lista dos países com a menor tarifa adicional aplicada por Donald Trump, de 10%, embora neste momento as taxas recíprocas maiores estejam suspensas, com exceção sobre as aplicadas a China.

O MDIC está monitorando as importações para identificar eventuais desvios de comércio e tem conversado com Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para rapidamente identificar caso isso venha acontecer. Há eventuais oportunidades para o Brasil nesse novo cenário, como no agronegócio e em outros setores que possam ter vantagem para entrar no mercado norte-americano com a alíquota menor. Há notícias de que importadores norte-americanos passam a sondar produtores brasileiros em diferentes setores, a confirmar se estas perspectivas se confirmem, mas é importante monitorar eventuais vantagens. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.