01/May/2025
O presidente da China, Xi Jinping, afirmou a líderes nacionais que o desenvolvimento de novos motores de crescimento precisa ser mais urgente, à medida que as tarifas americanas começam a afetar a economia chinesa. Em um simpósio com a presença de autoridades de alto escalão das principais províncias e cidades, Xi afirmou que "novas forças produtivas" terão prioridade na agenda do próximo plano quinquenal da China. O termo se refere ao desenvolvimento de novas indústrias, como a inteligência artificial (IA), para substituir os motores tradicionais de crescimento econômico, como o imobiliário e o industrial, entre outros. Xi também pediu mais medidas para estabilizar o emprego e o mercado de ações, e para intensificar os esforços de abertura a empresas estrangeiras.
Isso ocorre depois que uma reunião de alto escalão com formuladores de políticas desfez as esperanças de que o governo chinês estivesse preparando um estímulo significativo para conter o impacto das tarifas acentuadamente mais altas dos Estados Unidos sobre produtos chineses. Dados recentes mostram que rachaduras estão começando a surgir na economia chinesa, impulsionada pelas exportações, alimentando preocupações de que o governo precisará aplicar grande poder de fogo político para manter o crescimento nos trilhos. Até o momento, autoridades chinesas parecem estar focadas em acelerar a implementação das medidas definidas na reunião do Congresso Nacional do Povo em março, e ainda não implementaram novos estímulos.
Ainda, a China elaborou discretamente uma lista de produtos dos Estados Unidos que estarão isentos da tarifa de 125% imposta diante da escalada da guerra comercial. Autoridades chinesas estão informando empresas individualmente sobre essa "lista branca", cuja composição exata ainda não foi divulgada, mas que inclui itens como medicamentos, microchips e motores de aeronaves. Além disso, o governo chinês tem conduzido pesquisas com empresas para avaliar os efeitos das tarifas, enquanto amplia gradualmente as isenções, como no caso das importações de etano. A medida busca amenizar os impactos econômicos sem comprometer o discurso público de resistência frente às tarifas norte-americanas, que chegam a 145%. Fontes: Broadcast Agro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.