05/May/2025
O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, afirmou que não irá sacrificar os interesses japoneses para alcançar um acordo mais rápido com os Estados Unidos. É uma questão de ambos os países fazerem o máximo esforço. Ele classificou as negociações com os Estados Unidos como "positivas e construtivas", mas disse que ainda não estão em uma situação que seja possível chegar a um acordo comum entre ambos os países. O ministro de Finanças do Japão, Katsunobu Kato, afirmou que o enorme volume de Treasuries que o país asiático detém pode ser um "trunfo" nas negociações tarifárias com os Estados Unidos. Não ficou claro se o Japão pretende aumentar as vendas de seus títulos do governo norte-americano como parte das negociações sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações japonesas.
O Japão é o maior detentor estrangeiro de Treasuries, com um estoque de US$ 1,13 trilhão no fim de fevereiro. A China, que também enfrenta um impasse tarifário com o governo Trump, detém o segundo maior volume de Treasuries. O Japão reagirá se as tarifas dos Estados Unidos tiverem o efeito colateral de impulsionar a venda de produtos chineses baratos para o território japonês. A gestão cambial não faz parte das negociações comerciais entre Estados Unidos e Japão e as taxas de câmbio devem ser determinadas pelas forças de mercado. Trump vem criticando repetidamente o Japão por adotar políticas que enfraquecem o iene e impulsionam as exportações. O Japão foi o primeiro país a iniciar negociações depois que os Estados Unidos lançaram uma série de novas medidas tarifárias. P Japão espera persuadir o governo Trump a reduzir tarifas sobre aço e carros e abrir mão de um aumento tarifário sobre todas as importações japonesas, com previsão de entrar em vigor em julho. Fontes: Broadcast Agro e Asahi. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.