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05/May/2025

Dólar recua com perspectiva de acordo EUA-China

A esperança de que Estados Unidos e China possam avançar nas negociações sobre a guerra tarifária abriu espaço para a queda do dólar ante várias divisas na sexta-feira (02/05), incluindo o Real. Em um dia de liquidez menor, o dólar fechou em baixa de 0,36%, a R$ 5,65. Na semana passada, encurtada pelo feriado do Dia do Trabalho na quinta-feira (1º/05), a divisa norte-americana acumulou recuo de 0,60%. Principal evento da semana passada, a divulgação do relatório de empregos payroll sugeriu que a economia dos Estados Unidos ainda está longe da recessão. O país abriu 177.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em abril, após 185.000 em dado revisado para baixo em março. Apesar da desaceleração, o número de abril foi melhor que os 130.000 empregos da mediana projetada entre os economistas, com estimativas variando entre 25.000 e 195.000 vagas.

A taxa de desemprego dos Estados Unidos se manteve estável em 4,2%. Os números deram força às taxas dos Treasuries, mas a moeda norte-americana se apegou mais à perspectiva de um acordo entre Estados Unidos e China. A China está avaliando uma oferta dos Estados Unidos para manter conversações sobre as tarifas de 145% do presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo o Ministério do Comércio da China, os Estados Unidos entraram em contato para buscar conversações sobre as tarifas, e o governo chinês está de portas abertas para discussões. Embora nada palpável tenha sido anunciado, investidores se agarraram à possibilidade de acordo e foram em busca de ativos de maior risco, como ações de empresas nos Estados Unidos e moedas de países emergentes, como o Real. O dólar atingiu a cotação mínima de R$ 5,67 (-0,88%). Além do fator externo, a pressão de baixa na relação dólar/Real também pareceu refletir a entrada recente de recursos no Brasil.

O País tem recebido grande volume de investimentos estrangeiros, em especial para a renda variável. Por trás disso está a leitura de que há oportunidades em portfólio no Brasil, onde a taxa básica Selic está em 14,25%, com perspectiva de alta de 50 pontos-base nesta semana, e o câmbio segue favorável para o estrangeiro que quer investir, ainda que o dólar esteja abaixo dos R$ 6,00. Nesta semana, as atenções estarão voltadas para as decisões sobre juros tanto do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nas primeiras decisões desde o “Dia da Libertação” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril, quando ele anunciou uma série de tarifas contra seus parceiros comerciais. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,11%, a 100,030. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.