07/May/2025
O dólar fechou esta terça-feira (06/05) em alta, novamente acima dos R$ 5,70, com investidores globais demonstrando impaciência com a falta de detalhes sobre os acordos comerciais negociados pelos Estados Unidos e com parte dos agentes no Brasil buscando a proteção da moeda norte-americana antes da “superquarta” de decisões de bancos centrais. O dólar fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,71. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 7,56%. A moeda norte-americana oscilou no território positivo durante praticamente toda a sessão, em meio a certo mal-estar global com a falta de anúncios concretos sobre as negociações de tarifas dos Estados Unidos com outros países. Segundo a Correparti Corretora, os Estados Unidos ainda não definiram claramente as tarifas, então há um ajuste, com o mercado saindo do risco.
Além disso, alguns agentes se posicionavam na ponta comprada da moeda norte-americana, protegendo-se antes das decisões sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central do Brasil nesta quarta-feira (07/05). Enquanto o Fed tende a manter sua taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil caminha para subir a Selic em 50 pontos-base, para 14,75%. Nos dois casos, investidores estarão atentos principalmente às indicações para as próximas reuniões de política monetária. Neste cenário, o dólar atingiu a cotação máxima de R$ 5,73 (+0,86%), para depois desacelerar os ganhos.
O movimento coincidiu com a perda de força dos rendimentos dos Treasuries no exterior e com o avanço firme do petróleo, produto importante da pauta exportadora brasileira. Se não fosse o petróleo ajudando o Real, o dólar teria subido ainda mais. No exterior, porém, a moeda norte-americana cedia ante boa parte das demais divisas. A eleição do líder conservador Friedrich Merz como chanceler pelo Parlamento da Alemanha fazia o euro avançar ante o dólar, que também perdia valor ante o iene e a libra. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,61%, a 99,202. O Banco Central vendeu toda a oferta de 25.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.