09/May/2025

Segundo a BrasilAgro, o atual desenho do Plano Safra já não é suficiente para proteger os produtores rurais do aumento do custo financeiro, especialmente em um cenário de juros elevados. O impacto da subvenção oficial tem diminuído e que o governo deve ser forçado a subir as taxas de juros subsidiadas para que os recursos destinados à equalização consigam de fato irrigar o sistema de crédito. Com certeza o governo vai subir as taxas de juros subsidiadas para que esse recurso dotado para subvenção não tenha um efeito tão danoso.

O volume destinado à equalização de juros na safra passada foi de R$ 20 bilhões, mas isso ocorreu em um contexto de CDI em torno de 11,25%. Se for equalizar de 10,5% para 14%, esse recurso não espalha. Não resolve. A eficiência da alocação desses recursos no setor agropecuário é tema de discussão entre o governo e entidades representativas, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O desafio é mostrar ao governo a importância de dotar mais verba para equalização e melhorar a alocação desses recursos.

No caso da BrasilAgro, cerca de 30% do financiamento da safra vem de linhas vinculadas ao Plano Safra, enquanto os 70% restantes são de capital próprio. Ainda assim, o impacto do encarecimento do crédito foi significativo. O aumento de apenas 1,5% a 2% nas taxas de juros para grandes empresas representa um custo expressivo quando aplicado sobre volumes da ordem de R$ 300 milhões. É um montante importante que afeta diretamente o resultado. Apesar das dificuldades, o cenário também traz oportunidades, especialmente para empresas com caixa robusto e baixa alavancagem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.