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13/May/2025

Dólar avança após acordo tarifário entre EUA-China

O dólar fechou esta segunda-feira (12/05) em alta ante o Real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, após o acordo tarifário entre Estados Unidos e China reduzir a probabilidade de uma recessão na economia norte-americana. O dólar fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,68. No mês, a divisa acumula elevação de 0,12%. No fim de semana, Estados Unidos e China chegaram a um acordo tarifário durante as negociações de autoridades em Genebra, na Suíça, mas foi nesta segunda-feira (12/05) que os detalhes foram divulgados. Os Estados Unidos reduzirão as tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30%, enquanto as taxas chinesas sobre as importações dos Estados Unidos cairão de 125% para 10%, informaram os dois países. As novas medidas ficarão em vigor por 90 dias.

O alívio trazido pelo acordo fez investidores reduzirem posições em ativos de segurança, como os títulos norte-americanos, e buscarem ativos mais arriscados, como ações. No mercado de moedas, isso se traduziu na venda de divisas de segurança como o iene, a libra e o euro, impulsionando o dólar. A moeda norte-americana também se valorizou ante a maior parte das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o Real, em meio à percepção de que o acordo com a China é um fator positivo para a economia dos Estados Unidos. No pico do dia, o dólar foi cotado a R$ 5,70 (+0,92%). Segundo a Remessa Online, o dólar caiu em meio à guerra tarifária porque os investidores viram que os Estados Unidos eram o país que tinha mais a perder. Como a guerra tarifária expulsou os investidores para outras praças, como a Suíça e o Reino Unido, o acordo com a China faz com que os investidores voltem para os Estados Unidos.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 1,17%, a 101,770. O avanço do dólar ante o Real ocorreu ainda que, no exterior, commodities como o petróleo e o minério de ferro (produtos importantes da pauta exportadora brasileira) tenham apresentado ganhos fortes. Segundo a Nomad, embora as commodities tenham registrado alta, impulsionadas pela perspectiva de maior demanda chinesa após o acordo, o impacto sobre o dólar mostrou-se limitado. Isso ocorre porque a trégua comercial, apesar de benéfica à economia global, reorganiza os fluxos de capital estrangeiro. Entre os diversos fatores influenciando o mercado, como a valorização das commodities, o aumento do apetite por risco e a alta das bolsas globais, prevaleceu o fortalecimento global do dólar, levando a uma sessão de queda do Real. A forte influência do acordo comercial EUA-China deixou em segundo plano, no Brasil, a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao UOL.

Nela, o ministro disse que a inflação vai se acomodar se as metas fiscais do governo federal forem cumpridas e o Banco Central fizer seu papel. O boletim Focus do Banco Central mostrou uma pequena alteração na projeção do mercado para o dólar no fim deste ano, de R$ 5,86 para R$ 5,85, ainda assim uma cotação acima do visto em sessões mais recentes, quando a taxa de câmbio se manteve abaixo dos R$ 5,80. Segundo a Remessa Online, a percepção é de que, no curto prazo, os dados de inflação no Brasil abrem caminho para mais um ajuste residual da (taxa básica) Selic pelo Banco Central, o que tende a colaborar com a valorização do Real. Mas, no médio e no longo prazo, devem surgir novas instabilidades no exterior, com o governo Trump, e o cenário é desafiador para moedas como o Real e o peso mexicano. O Banco Central vendeu toda a oferta de 25.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.