15/May/2025
O Ministério da Agricultura afirmou que é inevitável não haver aumento de juros no Plano Safra 2025/2026. O motivo é o aumento da taxa básica de juros, a Selic, que passou de 10,5% ao ano em julho de 2024 no lançamento do último Plano Safra para os atuais 14,75% ao ano, podendo chegar em 15% ao ano em junho. A ordem de grandeza destes números está com o Ministério da Fazenda. Em relação aos recursos do próximo Plano Safra, que começa em 1º de julho, a Pasta trabalha para chegar ao melhor modelo possível entre as finalidades de financiamentos. No Plano Safra atual, algumas linhas ficaram represadas. Há muitos parâmetros nessa equação.
Há no Plano Safra atual cautela dos agentes financeiros em virtude do impacto do crescimento das recuperações judiciais. O crédito está muito restritivo. A política de crédito oficial para a agropecuária deve ser lançada entre o fim de junho e o início de julho. Em relação ao seguro rural, é difícil o orçamento chegar aos R$ 6 bilhões pedidos pelo setor produtivo. O orçamento atual para subvenção econômica do Prêmio do Seguro Rural (PSR) previsto na lei Orçamentária Anual é de R$ 1,06 bilhão. Não vai chegar nos R$ 6 bilhões. Se conseguir aumentar para R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões em 2025/2026 já será um grande avanço. Foi mencionado também que o endurecimento de regras do Proagro levou a uma maior demanda por seguro rural.
Vincular o crédito controlado à contratação do seguro rural é uma das possibilidades em estudo. O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o Plano Safra precisará ser ainda maior neste ano. Ele não deu detalhes sobre o orçamento do Plano Safra e defendeu que o plano seja prolongado para o setor não ter essa apreensão todo ano. O setor produtivo pede a adoção de um plano plurianual. A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) pede R$ 594 bilhões em recursos para Agricultura empresarial e familiar. O Plano Safra 2025/2026 começa em 1 de julho e deve ser anunciado até o fim de junho pelo governo federal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.