20/May/2025
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 1,30% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Frente ao mesmo período de 2024, a alta foi de 3,68%. Nas desagregações, o índice ex-agropecuária (que exclui os efeitos do setor) cresceu 1,0% na margem, e 2,62% na comparação interanual. O indicador próprio da agropecuária avançou 6,08% frente ao último trimestre de 2024, e 17,31% na comparação com os três primeiros meses do ano passado. O IBC-Br de serviços aumentou 0,75% na margem, e 2,46% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. O da indústria, 1,58% e 2,85%, respectivamente. O índice de impostos (equivalente, em linhas gerais, à rubrica de "impostos líquidos sobre produtos" do Produto Interno Bruto - PIB) teve altas de 0,70% na comparação com o quarto trimestre de 2024 e de 3,05% ante o primeiro trimestre do ano passado. Na soma de 12 meses, o IBC-Br total cresce 4,17%.
Excluindo os efeitos do agro, a alta é de 3,95%. O indicador próprio do setor agro avança 7,20% nesta mesma base. O índice de serviços avança 3,90% em 12 meses, e o da indústria, 3,23%. O indicador de impostos tem alta de 5,45% nesta comparação. O Banco Inter avalia que o dado de março do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) surpreendeu para cima impulsionado pela agropecuária. Teve uma grande influência do agro, novamente, mas o desempenho da indústria também surpreendeu no IBC-Br. Houve uma discrepância significativa nos números da indústria apresentados no IBC-Br no primeiro trimestre em comparação com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o IBC-Br expandiu 0,8% na margem. Com o desempenho acima do esperado do agro e da indústria, além da melhora do varejo na comparação interanual, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre na margem, de 0,5%, possui viés de alta.
Para 2025, porém, a estimativa do Inter para o PIB, de crescimento de 1,5%, está mantida, devido aos efeitos defasados da política monetária, que devem ficar mais aparentes no segundo semestre. Segundo a XP Investimentos, o avanço de 1,3% do IBC-Br no primeiro trimestre de 2025 indicou uma participação significativa do setor agropecuário, devido à safra recorde de soja. Na comparação mensal, o setor agropecuário registrou crescimento de 1% em março e de 6,1% no trimestre. O IBC-Br que exclui a agropecuária avançou 0,7% no mês e 1% no trimestre. Os demais componentes, serviços (0,7%), indústria (1,6%) e impostos (0,7%), também registraram avanços, todos estes na base trimestral. A XP projeta alta de 1,6% para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, atrelado ao salto da agropecuária. Excluindo o setor primário, o crescimento seria de 1%. A previsão é de alta de 2,3% para a atividade em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.