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22/May/2025

Plano Safra 2025/2026: juros reduzidos no Pronamp

Os juros aplicados nas linhas de financiamento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) podem ficar em um dígito no Plano Safra 2025/2026. A sinalização foi feita pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao participar da reunião semanal da bancada. A ideia, segundo Fávaro, é ampliar de forma significativa os recursos para a equalização das taxas de juros aplicadas no Pronamp. Isso vai ampliar a viabilidade dos financiamentos para os médios produtores que não têm esse hedge natural para as linhas dolarizadas. O governo quer equalizar mais recursos a taxa de juros de um dígito para o Pronamp (médios produtores), o que é fundamental no novo Plano Safra. O ministro ressaltou que o aumento dos juros básicos é um desafio para a estruturação do Plano Safra em meio aos limites orçamentários.

Com a Selic a quase 15% de taxa básica, é proibitivo para o produtor rural tomar recursos sem a equalização do Tesouro. Entre as alternativas a essa combinação de juros altos e orçamento apertado, Fávaro voltou a defender o reforço e ampliação das linhas dolarizadas para produtores rurais de grande porte e aqueles com perfil exportador a taxas mais atrativas e sem custo ao Tesouro. Todo produtor brasileiro, principalmente da Região Centro-Oeste, toma recurso de crédito dolarizado, ponderou o ministro, citando que os produtores por comercializarem a produção em dólar têm "hedge natural" de proteção à moeda. O ministro também mencionou a ampliação do orçamento do seguro rural, previsto em R$ 1,06 bilhão para este ano. De acordo com Fávaro, há sinalização clara do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para ampliação do orçamento para subvenção econômica do seguro rural para, pelo menos, de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões.

É preciso também participação do governo, mas, além disso, é necessário melhorar o modelo, disse Fávaro. O ministro pediu apoio aos parlamentares para a modernização do seguro rural. Não basta apenas aumentar recursos para equalizar a apólice do seguro rural. R$ 1 bilhão de recursos é pouco, mas não é só isso. É preciso ampliar o número de apólices em outras regiões e universalizar o seguro, afirmou, defendendo a maior adoção do seguro paramétrico. O ministro também voltou a defender vínculo da concessão de crédito oficial equalizado à obrigatoriedade da contratação do seguro rural para custeio pelos produtores rurais. Com isso, será possível fazer uma nova base, um novo modelo, pontuou aos parlamentares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.