30/May/2025
De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (29/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril. Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,5%. No trimestre móvel até março, a taxa de desocupação estava em 7,0%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.426,00 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa alta de 3,2% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 349,4 bilhões no trimestre encerrado em abril, alta de 5,9% ante igual período do ano passado. A taxa de desocupação de 6,6% registrada no trimestre terminado em abril foi o menor resultado para esse período do ano em toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE.
A taxa de desemprego registrou em abril o primeiro recuo após quatro trimestres móveis de avanços consecutivos. Considerando toda a série histórica, a taxa caiu em abril ao menor patamar desde o trimestre terminado em janeiro de 2025, quando estava em 6,5%. No trimestre terminado em abril de 2024, a taxa estava em 7,5%. A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 19,468 bilhões no período de um ano, para R$ 349,4 bilhões, uma alta de 5,9% no trimestre encerrado em abril ante o trimestre terminado em abril de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em janeiro, a massa de renda real subiu 0,8%, com R$ 2,627 bilhões a mais. O País registrou crescimento de 288 mil vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 103,257 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,453 milhões de pessoas.
A população desocupada aumentou em 69 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,273 milhões de desempregados no trimestre até abril. Em um ano, 941 mil pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 110,53 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, 357 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,512 milhão de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) passou de 58,2% no trimestre encerrado em janeiro para 58,2% no trimestre até abril. No trimestre terminado em abril de 2024, o nível da ocupação era de 57,3%. O trimestre encerrado em abril mostrou uma abertura de 319 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em janeiro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 1,46 milhão de vagas foram criadas no setor privado.
O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,648 milhões de trabalhadores no trimestre até abril, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,66 milhões de pessoas, 220 mil a menos do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até abril de 2024, foram criadas 121 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 178 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,994 milhões de trabalhadores. O resultado representa 544 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de empregadores diminuiu em 32 mil em um trimestre, para 4,289 milhões de pessoas. Em relação a abril de 2024, o total de empregadores cresceu em 3,2%, número que representa um aumento de 134 mil empregadores. O País teve uma queda de 63 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,758 milhões de pessoas.
O resultado representa queda de 110 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior. O setor público teve 221 mil pessoas a mais no trimestre terminado em abril ante o trimestre encerrado em janeiro, para um total de 12,698 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até abril de 2024, foram abertas 427 mil vagas. O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 37,9% no mercado de trabalho no trimestre até abril. O Brasil alcançou 39,172 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, menos pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais: houve queda de 315 mil trabalhadores nesta situação no período. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 4,5% no trimestre até abril de 2025, ante 4,6% no trimestre até janeiro. Em todo o Brasil, há 4,667 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até janeiro para o trimestre até abril, houve um recuo de 35 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 547 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. No trimestre terminado em abril, faltou trabalho para 17,978 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 15,5% no trimestre até janeiro para 15,4% no trimestre até abril. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até abril de 2024, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,4%. A população subutilizada caiu 0,5% ante o trimestre até janeiro, 89 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até abril de 2024, houve um recuo de 10,7%, menos 2,151 milhões de pessoas.
O Brasil registrou 3,063 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em abril. O resultado significa 121 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em janeiro, um recuo de 3,8%. Em um ano, 392 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 11,3%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. Seis das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em abril. Na passagem do trimestre terminado em janeiro para o trimestre encerrado em abril, houve redução na ocupação na agricultura (-74 mil trabalhadores), outros serviços (-109 mil), construção (-116 mil), alojamento e alimentação (-34 mil), serviços domésticos (-65 mil) e comércio (-55 mil).
Houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (405 mil), indústria (176 mil), transporte (87 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (76 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, houve contratações no comércio (696 mil), indústria (471 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (731 mil trabalhadores a mais), construção (120 mil pessoas), outros serviços (126 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (435 mil), transporte (257 mil) e alojamento e alimentação (89 mil). A agricultura dispensou 348 mil pessoas e serviços domésticos. O País registrou novo recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado no trimestre terminado em abril. Foram 39,648 milhões de pessoas trabalhando com esse tipo de vínculo.
O resultado representa 319 mil vagas a mais com carteira em apenas um trimestre, aumento de 0,8% nesse contingente de trabalhadores. Em um ano, o setor privado absorveu mais 1,460 milhão de trabalhadores com carteira, alta de 3,8%. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,660 milhões, queda de 1,6% em relação ao trimestre terminado em janeiro, 220 mil pessoas a menos. Em um ano, esse tipo de ocupação aumentou 0,9%, 121 mil trabalhadores a mais atuando nessas condições. O número de empregados no setor público somou 12,698 milhões no trimestre até abril, aumento de 1,8% em um trimestre, 221 mil pessoas a mais, além de expansão de 3,5% em um ano, mais 427 mil vagas. O número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,994 milhões, alta de 0,7% no trimestre, mais 178 mil pessoas. Em um ano, houve aumento de 2,1%, mais 544 mil trabalhadores. O Brasil alcançou um recorde de 68,052 milhões de trabalhadores ocupados contribuindo para a Previdência no trimestre encerrado em abril.
A proporção de contribuintes entre os ocupados foi de 65,9% no trimestre até abril, ante 65,6% no trimestre até janeiro. Está muito próximo dos patamares mais elevados da série, que foram alcançados em 2020 e 2016. Com a ocupação e a renda fortes, a massa de salários em circulação na economia renovou novo patamar recorde no trimestre encerrado em abril, totalizando R$ 349,355 bilhões. O rendimento médio de quem está trabalhando permaneceu rondando os maiores patamares da série histórica iniciada em 2012. O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 19,468 bilhões no período de um ano, alta de 5,9% no trimestre encerrado em abril de 2025 ante o trimestre terminado em abril de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em janeiro de 2025, a massa de renda real cresceu 0,8% no trimestre terminado em abril, R$ 2,627 bilhões a mais. A renda média permanece rodando picos históricos, impulsionada pelo próprio aquecimento do mercado de trabalho, que reduz a disponibilidade de mão de obra qualificada.
A carteira assinada cresceu, aumentando a média de rendimento. A taxa de desocupação está baixa, a subutilização do mercado de trabalho está diminuindo. Significa que os melhores já estão sendo contratados. Para contratar, é preciso dar melhores condições ou melhores salários. Como consequência, a carteira assinada pode ter aumentado. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,4% na comparação com o trimestre até janeiro, R$ 12 a mais, para R$ 3.426,00. Em relação ao trimestre encerrado em abril de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,2%, R$ 107,00 a mais. A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,5% no trimestre terminado em abril ante o trimestre encerrado em janeiro. Na comparação com o trimestre terminado em abril de 2024, houve elevação de 8,7% na renda média nominal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.