03/Jun/2025

A próxima década não pertencerá aos maiores fabricantes de alimentos. Pertencerá aos mais ousados. Aqueles que param de se esconder atrás de rótulos bonitos e passam a assumir seu impacto, ingrediente por ingrediente, rótulo por rótulo, escolha por escolha. Para empreendedores do setor de alimentos e bebidas essas cinco tendências da indústria do futuro:

- Transparência inegociável

Rótulos limpos já foram um diferencial. Agora são o mínimo exigido. Os consumidores das gerações Z e Millennial querem comer de forma limpa e saber por que aquele alimento é considerado limpo. Eles viram cada garrafa e pesquisam cada aditivo. Se a lista de ingredientes parece um experimento de química, este produto está fora do jogo. Aqui entra a transparência radical: mais importante do que o alimento, é de onde ele vem, como foi feito e o que representa para a saúde e para o planeta. Fabricantes de alimentos inteligentes adotaram QR codes que levam os consumidores diretamente a detalhes sobre a origem, resultados de testes independentes e métodos de produção. É uma versão “da fazenda ao rótulo” de uma gestão com livro aberto.

- Alimentos limpos

A pressão já não vem apenas dos consumidores. Os órgãos reguladores estão começando a agir. Isso significa que comer de forma limpa está se tornando o padrão exigido por lei. Para marcas pequenas, essa é uma oportunidade disfarçada. As grandes empresas não conseguem mudar rapidamente sem reformular toda a cadeia de suprimentos.

- Importância do espaço e da exposição no setor de hortifrúti

O setor de hortifrúti é uma área nobre nos supermercados, aonde os consumidores vão primeiro e descobrem marcas limpas. Espaços refrigerados transmitem frescor e reforçam o valor da marca, por isso é importante que o produto pareça merecer estar ali. Para quem está começando, é essencial pensar na posição ideal nas gôndolas, com embalagem, validade e estratégia de exposição bem definidas.

- Certificações alimentares: por que ir além dos selos tradicionais

Selos como “Não-OGM”, “Orgânico” já foram suficientes para conquistar a confiança do consumidor. Hoje, no entanto, os clientes estão mais atentos: querem saber quem certifica, qual a credibilidade da entidade e se o selo realmente merece confiança. Além disso, surge uma nova geração de certificações, focadas menos na origem e mais na saudabilidade dos alimentos. A pergunta evolui: “Este produto é ultraprocessado?” passa a ser tão relevante quanto “É orgânico?”.

- Storytelling

Um alimento nunca é só um alimento. É uma filosofia. Uma missão. Um motivo para alguém gastar dinheiro com o seu produto e não com os outros que dividem a mesma prateleira com ele. Em um mercado saturado de opções, o que se destaca é o significado. Para empreendedores em estágio inicial, essa é uma vantagem. Mostrar que existe uma pessoa real com uma história pode atrair consumidores que se identificam com a marca.

A indústria de alimentos está mudando mais rápido do que nunca. Os consumidores exigem honestidade e as leis estão ficando mais rigorosas. O espaço nas prateleiras está se transformando. Tudo isso pode parecer avassalador, mas também representa uma enorme oportunidade para quem está disposto a apostar na transparência e em um negócio guiado por valores. Fonte: Forbes. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.