04/Jun/2025
Segundo projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia brasileira deve crescer 2,1% em 2025 e 1,6% em 2026. O consumo das famílias continuará sendo o principal motor do crescimento, mesmo em desaceleração, sustentado por aumentos salariais robustos. O investimento privado, que teve uma recuperação acentuada em 2024, deve continuar aquecido, apesar de uma desaceleração gradual. Entretanto, há sinais de esfriamento. A demanda doméstica se enfraqueceu no fim de 2024, com queda no consumo das famílias e no investimento, em meio às incertezas elevadas, juros crescentes e inflação persistente.
A inflação deve permanecer acima da meta de 3% ao longo de 2025 e 2026, impulsionada principalmente pelo setor de serviços. A produção industrial segue "contida", mas o setor de serviços manteve forte dinamismo. A colheita de 2025 será muito mais forte que em 2024, afetada por uma seca. O mercado de trabalho segue resiliente, com emprego formal e rendimentos em níveis recordes. Reduzir barreiras de entrada e saída no mercado, flexibilizar regulações, ampliar investimentos em infraestrutura e fomentar a concorrência têm grande potencial para impulsionar a produtividade e o crescimento.
A taxa de juros do País deve atingir 15% até o fim do ano, antes de cair gradualmente. A política monetária restritiva deve ser mantida por algum tempo. A política fiscal, por sua vez, permanece "levemente expansionista". Uma reforma do imposto de renda é considerada neutra em arrecadação e não deve gerar espaço para acomodar pressões crescentes de gastos. Há desafios para cumprir a regra de resultado primário, diante de despesas obrigatórias com saúde e educação e de uma arrecadação pressionada pela atividade mais fraca. As despesas sociais devem continuar em alta, exercendo pressão adicional sobre as finanças públicas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.