05/Jun/2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, discutiram temas caros ao banco de desenvolvimento, como a demanda para infraestrutura e Fundo Clima, além de outros que interessam à área econômica, como as receitas com os dividendos do banco, em reunião realizada nesta quarta-feira (04/06). A equipe econômica aposta no aumento do repasse de dividendos pelo BNDES como uma das medidas para compensar o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Sobre esse ponto, a reunião sacramentou o entendimento de repasse de 60% do lucro do banco, que é o limite para a distribuição de dividendos.

A Fazenda ficou de enviar ao BNDES os percentuais e cronograma para o repasse dos quase R$ 10 bilhões adicionais que estavam em fundos administrados pelo banco e pela Caixa e retornaram para a conta da União. O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado no dia 22 de maio, incorporou na previsão de receitas R$ 8,4 bilhões de resgate de cotas do Fundo de Garantia de Operações (FGO, do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) e do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), este último sob alçada do BNDES.

O Ministério da Fazenda apresentou números que mostram como a demanda para infraestrutura segue alta em 2025, com previsão de alcançar até R$ 80 bilhões até o final do ano. A busca por recursos do Fundo Clima também segue elevada, com potencial de aprovação de projetos que ultrapassam R$ 20 bilhões. Um exemplo citado foi que o BNDES ampliou os recursos para o canal indireto para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) com verba do Fundo Clima e em apenas três dias, os pedidos superaram a marca de R$ 1,5 bilhão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.