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05/Jun/2025

Setor Industrial defende redução da carga tributária

As características únicas do ambiente do País (tributário, jurídico, econômico e regulatório) e o forte nível de exigência dos consumidores brasileiros são desafios para a indústria, em especial o setor automotivo. É necessário que a indústria seja vista do ponto de vista do seu retorno para o PIB e para o País de forma geral. O nome do jogo para a indústria é escala, e é preciso ter volume e investimentos. Montar uma fábrica de semicondutores, por exemplo, custa US$ 12 bilhões. É preciso que o setor seja visto do ponto de vista de sua contribuição para a sociedade. Com a maior carga tributária do mundo não é possível prosperar, pois a competitividade não permite. A indústria não precisa de incentivos, e sim de redução de carga tributária e de uma política industrial que permita às empresas voltarem a assumir riscos. Há muitas oportunidades, mas o que nos falta atualmente é ambição. A GAC, montadora chinesa estreante no Brasil, trouxe à discussão o ponto de vista de quem está começando no Brasil.

O mercado brasileiro é muito competitivo e vai ficar cada vez mais, porque, da mesma forma que a GAC, outras marcas estão vindo. Pode-se esperar da montadora muito investimento no País. A empresa começará importando. Mas, em 2026, terá de dois a três carros em produção local. A produção no Brasil iniciará no próximo ano. A HPE Automotores mencionou a necessidade de previsibilidade como um fator fundamental no País. No que se refere ao fornecimento de peças e equipamentos, por exemplo, não saber se haverá fornecimento tira o dinheiro que seria destinado aos investimentos, indo para outras finalidades. E falta uma política pública para isso, uma política industrial. Além de diminuição da carga tributária, é preciso uma forte política industrial, que leve em conta o potencial tecnológico do País. Esses fatores fazem com que o Brasil perca “intensidade tecnológica”.

O País fabrica vários componentes fundamentais, como tela de cristal líquido, presente na maioria dos carros atuais, por exemplo. Tem metais e uma logística boa para o tamanho do País. Então, o que falta é uma política de eletromobilidade e isso é grave, principalmente na ‘Era Trump’. O Brasil está perdendo o timing da oportunidade. O caminho do fortalecimento da indústria passa pela escala, previsibilidade, diminuição dos impostos e tecnologia. A eletrificação é uma oportunidade e precisa ser aproveitada. Segundo a GWM Brasil, a indústria está fazendo sua contribuição com o desenvolvimento de engenharia, produção e desenvolvimento, que é a contrapartida no Programa Mover. A HPE Automotores afirmou ser necessária uma nova política tributária. O Brasil está preparado para crescer, desde que todos priorizem o crescimento. O País pode mostrar que tem toda condição de ser protagonista da indústria na América Latina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.