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05/Jun/2025

Dólar em leve alta ante Real com temores fiscais

Após se reaproximar dos R$ 5,60, o dólar retomou a força ante o Real e fechou esta quarta-feira (04/06) em leve alta, numa sessão marcada pelas discussões em Brasília sobre o pacote fiscal para substituir o aumento do IOF e por nova pesquisa de popularidade negativa para o governo Lula. O avanço do dólar ante o Real esteve na contramão do exterior, onde a divisa norte-americana cedia ante a maior parte das demais moedas. O dólar fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,64. No ano, o dólar acumula perdas de 8,64%. O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (04/06), pressionado principalmente pela queda da Petrobras, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior e receios com eventuais medidas do governo visando arrecadação de receitas extras junto ao setor de petróleo. Na terça-feira (03/06), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas fiscais estruturais em discussão pelo governo não serão anunciadas antes de uma reunião com lideranças partidárias do Congresso Nacional.

Ao mesmo tempo, Haddad afirmou que o governo precisa de avanços em pelo menos parte das medidas fiscais a serem propostas para que o decreto que elevou o IOF possa ser revisto. Segundo a One Investimentos, apesar da indefinição sobre o pacote fiscal, o fato de Haddad e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), transmitirem a ideia de que buscam uma solução conjunta foi bem recebida pelo mercado. A definição de uma agenda entre governo e Congresso foi positiva, demonstra boa vontade em uma resolução conjunta. Então, em um primeiro momento, o efeito foi bom para o câmbio. A cotação mínima do dólar foi de R$ 5,61 (-0,46%). No entanto, a moeda norte-americana foi se recuperando ante o Real, com investidores ainda cautelosos em relação ao cenário fiscal brasileiro.

A queda da aprovação do governo Lula, revelada pela pesquisa Genial/Quaest, reforçou o temor de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa adotar novas medidas econômicas para recuperar a popularidade, pressionando ainda mais as contas públicas. Neste cenário, o dólar escalou até a máxima de R$ 5,65 (+0,29%), para depois fechar próximo deste nível. O Banco Central vendeu apenas US$ 400 milhões em um leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) para rolagem de vencimentos de julho, apesar da oferta de US$1 bilhão. O Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de julho de 2025. No exterior, o dólar se mantinha em baixa ante a maior parte das demais divisas, após a divulgação de dados fracos sobre empregos no setor privado e o setor de serviços nos Estados Unidos. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,32%, a 98,849. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.