ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

09/Jun/2025

Plano Safra precisaria de uma mudança estrutural

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, indicou que o governo federal pode avaliar uma mudança estrutural no modelo de subvenção federal ao agronegócio via Plano Safra, com foco maior na cobertura de riscos climáticos. Ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde a principal subvenção vai para o seguro, no Brasil a subvenção principal é para o financiamento. Talvez seja preciso pensar em mudar isso. A prioridade do governo tem sido garantir acesso ao crédito, mas é importante oferecer instrumentos de proteção ao produtor rural.

É preciso proteger a produção contra os riscos climáticos, e não apenas pensar na capacidade de financiar a produção. O fortalecimento do seguro rural pode ajudar a dar mais estabilidade à atividade agropecuária e ampliar a confiança do setor produtivo. O Plano Safra, apesar de longevo e bem-sucedido, já não é suficiente para dar conta das necessidades de financiamento da produção agropecuária no País. O orçamento atual atende apenas a parte da demanda de custeio, seguro e investimentos. O Brasil se tornou um ator central na segurança alimentar global, o que exige políticas mais robustas. O sucesso do agro fez com que ele se descolasse do restante do País, inclusive dentro do orçamento do governo.

Mesmo com a expansão da oferta de crédito privado, o Plano Safra ainda atende até 45% do volume total financiado no setor. O Plano Safra é a mais longeva política de Estado do País, mas ele precisa ser modernizado para acompanhar as transformações da agricultura brasileira. O ciclo das culturas mudou, a biotecnologia avançou, e a agricultura se expandiu para além da Região Sul do País. Mas, o Plano ainda segue com o mesmo calendário e as mesmas diretrizes da década de 1970. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.