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10/Jun/2025

E7 ganhará mais relevância econômica do que G7

Para o economista e ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD, o banco do Brics), Marcos Troyjo, o centro de gravidade da economia mundial está mudando. Nos próximos 25 anos, a contribuição relativa do E7 (grupo de economias emergentes composto por China, Índia, Brasil, Indonésia, Arábia Saudita, Turquia e México) para a formação da demanda global será muito mais impactante do que a contribuição do G7. Essa virada estrutural na demanda global pode abrir oportunidades estratégicas comerciais para países latino-americanos.

Por outro lado, a conjuntura atual traz riscos. Diante da escalada protecionista dos Estados Unidos, especialmente sob a retórica de Donald Trump, Troyjo usou o termo “Trumpulência” (uma fusão entre “Trump” e “turbulência”). O cenário mistura três forças: turbulência política, opulência econômica norte-americana e incoerência nas políticas adotadas. Com a possibilidade de os Estados Unidos se tornarem um destino cada vez mais atrativo para capital estrangeiro, impulsionados por cortes de impostos e desregulamentações, caso o “Grande e Bonito Projeto de Lei” de Trump seja aprovado, o Brasil pode sair prejudicado. Os Estados Unidos podem virar uma grande ‘bomba de sucção’ de investimento internacional, que poderia vir para a América Latina. Sempre que há uma oscilação tarifária na atual política comercial dos Estados Unidos, todos perguntam qual vai ser o impacto para o Brasil.

O risco maior não está no comércio em si, já que o percentual de exportações do Brasil para os Estados Unidos é pequeno, mas na fuga de capitais que deixariam países emergentes para se instalar nos Estados Unidos. O economista também chamou atenção para a força cada vez maior das gigantes norte-americanas no mercado acionário. Hoje, tem nos Estados Unidos três empresas, Nvidia, Microsoft e Apple, individualmente com uma capitalização de mercado maior do que o da Bolsa de Frankfurt. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.