11/Jun/2025
Segundo o Itaú BBA, os preços da celulose na China devem atingir seu valor mais baixo do ciclo no curto prazo, mas sem se distanciar muito do patamar de US$ 500,00 por tonelada. A estimativa se baseia no fato de que a capacidade de produção de 14 milhões de toneladas de celulose está gerando prejuízo nos níveis de preços atuais, o que poderia levar a fechamentos temporários ou permanentes no terceiro trimestre de 2025. Além disso, há um movimento de reestoque, impulsionado por uma demanda marginal de fabricantes de papel semi-integrados. Um forte rebote nos preços é improvável antes do período de demanda sazonalmente fraca e o ritmo de recuperação dependerá, em última análise, de um cenário mais claro para as condições econômicas/comerciais globais.
Ademais, é improvável uma recuperação acentuada nos preços da celulose na China, por conta da sobreoferta no mercado e a fraca atividade econômica; e uma maior disponibilidade de madeira local mais barata, reduzindo a demanda por celulose importada. A Europa segue na mesma direção, com retração no setor, que apresentou volumes e preços mais fracos tanto em papéis de higiene quanto em papel gráfico. Diante disso, a Suzano deverá realizar preços de celulose branqueada de fibra curta a US$ 530,00 por tonelada. Para a Klabin, o valor deve ser de US$ 555,00 por tonelada.
Ambos abaixo das expectativas anteriores de US$ 590,00 por tonelada e US$ 630,00 por tonelada, respectivamente. Do lado otimista do espectro, existem alguns riscos de alta para os preços de madeira de lei. Um deles é a diminuição da capacidade do mercado de celulose, o que pode ocorrer alguns meses após os preços da polpa caírem abaixo do custo marginal de produção. O outro ponto é a alta diferença de valores entre a celulose branqueada de fibra curta e a fibra longa, em média US$ 200,00 por tonelada, levando a uma substituição de uma pela outra. Por fim, pode haver uma recuperação da economia chinesa mais rápida que o esperado, visto uma suavização das tensões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.