11/Jun/2025
Segundo a SLC Agrícola, o Brasil tem condições de atender à demanda global por alimentos nas próximas décadas sem a necessidade de expandir a produção sobre áreas de vegetação nativa, utilizando as áreas já antropizadas. O País tem ao menos 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com alto potencial para produção de grãos, conforme dados da Embrapa. Nos últimos 20 anos, o Brasil converteu cerca de 800 mil hectares por ano. Com esse ritmo, há área suficiente para os próximos 40 anos, e provavelmente nem será preciso tanto. Sobre os desafios ambientais e as mudanças climáticas, apesar do aumento na frequência de eventos extremos, os dados históricos mostram que a produção mundial de alimentos não está mais volátil. A produtividade das principais culturas (milho, trigo, arroz e soja) continua crescendo linearmente.
A produtividade global avança a uma média de 1,45% ao ano, enquanto no Brasil, nos últimos 20 anos, o ganho médio foi de 2,8% por cultura e 3,5% por hectare, quando considerada a 2ª safra. O avanço tecnológico, incluindo o uso de biológicos, agricultura digital e melhorias no manejo de solo, aumentou a resiliência das lavouras, reduzindo os impactos do estresse hídrico. Hoje, mesmo em anos de seca, como ocorreu recentemente no Rio Grande do Sul, se colhe mais do que há 15 anos. O sistema é mais resiliente. Esse ganho de produtividade é uma das chaves para compatibilizar a produção agrícola com os objetivos de redução de emissões. A receita está pronta para o País produzir de forma sustentável, agronomicamente e ambientalmente. O mundo não precisa mais expandir a área plantada para alimentar a população. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.