13/Jun/2025

Com a meta de apresentar um Plano Safra mais eficiente, que alcance melhores resultados com os investimentos do governo federal, a equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realiza uma série de reuniões técnicas com a área financeira buscando a melhor equalização dos recursos aportados para as linhas de créditos que serão disponibilizadas aos produtores brasileiros no próximo ano safra. Neste sentido, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro se reuniu com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na quarta-feira (11/06) para alinhar ações conjuntas na construção do Plano Safra 2025/2026. Uma das propostas em debate foi a linha de crédito dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custeio da produção, que conta com taxa de juros menores para produtores que contam com hedge natural em decorrência da exportação de seus produtos visando uma maior participação dos agentes financeiros nesta modalidade que não conta com aporte de recursos do Tesouro Nacional.

A modernização do seguro rural, com opções mais atrativas que atinjam um maior número de produtores também será discutida pelos técnicos do Banco Central e do Mapa. Ainda, foram debatidas alternativas de garantia de financiamento do setor. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou a importância do estímulo da linha dolarizada para produtores que têm hedge natural em dólar, ou seja, aqueles que exportam a maior parte da produção. A intenção do Ministério da Agricultura é ampliar as linhas dolarizadas para grandes produtores e direcionar a maior parte do crédito rural subsidiado para médios produtores. Atualmente, as linhas dolarizadas para investimento ofertadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostram grande apetite e valores expressivos de contratação a juros mais baixos que os praticados no mercado.

A linha dolarizada para custeio, lançada na última safra, evolui a passos lentos, com poucos contratos efetivados. Com o apoio do Banco Central, o ministério quer criar também a linha dolarizada de custeio. Não há necessidade de novas regulamentações pela autoridade monetária para a linha dolarizada de custeio. Mas há a avaliação, pelo governo, de que se faz necessária uma espécie de recomendação para nivelar os entendimentos das diferentes instituições financeiras sobre a modalidade e destravar as contratações da linha. A reunião tratou de forma geral sobre a construção do Plano Safra 2025/2026, sobretudo em relação ao funding de recursos, o aumento recente no direcionamento das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e o modelo do seguro rural. Tanto o Banco Central quanto o Ministério da Agricultura elegeram técnicos para seguir com as discussões. Fontes: Ministério da Agricultura e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.