13/Jun/2025
De acordo com dados do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (12/06), a produção brasileira de grãos na safra 2024/2025 deve atingir recorde de 336,05 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 13% (38,56 milhões de toneladas a mais) em comparação com a temporada anterior 2023/2024, de 297,50 milhões de toneladas. O resultado é 0,9% (3,14 milhões de toneladas) superior à estimativa do mês passado (332,92 milhões de toneladas). O bom desempenho deve-se à boa produtividade das lavouras, que deve crescer 10,4%, de 3.722 quilos por hectare em 2023/2024 para 4.108 quilos por hectare em 2024/2025. A área de plantio deve aumentar 2,3% no período, para cerca de 81,8 milhões de hectares. Os produtores de soja, principal cultura de verão, já finalizaram os trabalhos de colheita. A produção da oleaginosa está estimada em 169,61 milhões de toneladas, aumento de 14,8%, ou 21,9 milhões de toneladas superior à safra de 2023/2024, volume recorde na série histórica da companhia.
O bom resultado é justificado pela utilização crescente de tecnologia pelos produtores, aliada às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras. Principal produto semeado na 2ª safra, o milho deve registrar uma produção total de 128,25 milhões de toneladas, aumento de 11% sobre a safra anterior (115,50 milhões de toneladas). Os trabalhos de colheita da 2ª safra de milho de 2025 foram iniciados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Paraná. A expectativa é de que apenas neste ciclo sejam colhidas 101,01 milhões de toneladas, crescimento de 12,2% se comparado com a 2ª safra do grão na temporada passada (90,06 milhões de toneladas). A expectativa é influenciada pela boa produtividade alcançada, que refletem as condições climáticas favoráveis ao cereal que ocorreram durante todo o ciclo na maioria das regiões produtoras, além do manejo adequado adotado pelos produtores brasileiros. Outro produto de destaque é o algodão, com a colheita atingindo 1,4% da área semeada.
A produção da pluma está estimada em 3,91 milhões de toneladas, 5,7% superior à safra de 2023/2024 (3,70 milhões de toneladas). Este resultado se deve ao crescimento de 7,1% na área cultivada, uma vez que as chuvas irregulares, até o momento, estão refletindo em uma produtividade inferior à observada na safra anterior, mas suficientes para manter o desenvolvimento das lavouras. No caso do feijão, produto cultivado em 3 ciclos ao longo do ano, a expectativa é de uma produção total de 3,17 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento interno, mas representa uma leve queda de 0,8% ante a temporada anterior (3,20 milhões de toneladas). Na 1ª safra da leguminosa, com a colheita encerrada, o volume produzido atingiu 1,06 milhão de toneladas (aumento de 12,8% ante 942,3 mil toneladas de 2023/2024). Para a 2ª safra, predomina os estágios de enchimento de grãos e maturação, mas já há locais com a colheita em andamento, com destaque para o Paraná e Minas Gerais, onde os trabalhos somavam 98% e 74% respectivamente em 31 de maio.
A 2ª safra da leguminosa deve ser de 1,36 milhão de toneladas, queda de 7,3% ante a safra anterior (1,47 milhão de toneladas). A 3ª safra se encontra em fase de plantio, com previsão de colheita de 749,6 mil toneladas, queda de 5,1% Para o arroz, outro importante alimento para o mercado interno, cuja colheita está praticamente finalizada, há crescimento de 14,9% na produção, estimada em 12,15 milhões de toneladas ante 10,58 milhões de toneladas em 2023/2024. Essa alta é justificada tanto pela maior área semeada do grão, bem como pelas condições climáticas mais favoráveis, sobretudo no Rio Grande Sul, maior produtor nacional. Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo com semeadura atingindo cerca de 42% da área destinada para a cultura. O plantio no Paraná atinge 72% da área, índice similar à média dos últimos 5 anos. No Rio Grande do Sul, o plantio chega a 8% da área. Os trabalhos no Rio Grande do Sul, principal produtor do cereal, foram limitados em virtude da ocorrência de chuvas frequentes e da curta duração dos períodos de tempo seco no final do mês passado. A produção nacional de trigo está estimada em 8,19 milhões de toneladas, crescimento de 3,8% em comparação com 2024 (7,89 milhões de toneladas).
As estimativas de safra mostram que o Brasil colherá a sua maior produção de grãos da história. Os números confirmam as primeiras previsões da Conab de colheita da maior safra de grãos da história. Parte do bom desempenho deve-se à projeção de safra recorde de soja, com colheita prevista em 169,61 milhões de toneladas, aumento de 14,8% ante a temporada anterior. Com a safra de soja finalizada, foi feito um ajuste no volume de 1,3 milhão de toneladas a mais. Também está se concretizando a maior safra de soja da história, com o novo recorde batido. Quanto à produção de milho, estimada em 128,25 milhões de toneladas, avanço de 11% ante a temporada anterior, a Conab salientou que os rendimentos iniciais da colheita vêm superando as expectativas. Será uma grande safra de milho com o início da colheita na Região Centro-Oeste. Para o trigo, as estimativas iniciais das lavouras que estão sendo semeadas também são positivas, com aumento previsto de 3,3% na produção, para 8,19 milhões de toneladas, apesar de área 12,6% menor. Mesmo com redução de área, a tendência é de aumento na produção porque as estimativas climáticas se apresentam muito boas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.