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17/Jun/2025

China: crescimento deverá desacelerar neste ano

Segundo a Capital Economics, a trégua entre os Estados Unidos e a China não foi suficiente para prevenir uma perda de impulso econômico no último mês. O consumo doméstico está se segurando, mas a atividade econômica mais ampla segue frágil. Com as tarifas permanecendo elevadas, redução do suporte fiscal e persistência dos ventos contrários, o crescimento deverá desacelerar neste ano. As vendas no varejo subiram 6,4% na comparação anual de maio, o ritmo mais rápido desde 2024, sinalizando redução da ansiedade doméstica sobre uma guerra comercial que teria deixado consumidores mais confortáveis em gastar.

Por outro lado, os investimentos fixos desaceleraram para o ritmo mais fraco de 2025 em maio e ao menor nível desde 2022, pressionado pela contração profunda nos investimentos imobiliários e ritmo mais lento de gastos de capital por indústrias. A produção industrial manteve tendência de desaceleração, devido a fraqueza da demanda externa. O suporte fiscal deve cair no segundo semestre deste ano e os problemas no setor imobiliário continuarão um peso na atividade econômica, com volumes de vendas e preços de casas permanecendo em queda. Tudo somado, deve resultar em desaceleração da economia, com crescimento do PIB de 3,5% em 2025. Ainda, a renovada trégua comercial entre Estados Unidos e China, firmada em Londres, deixou intocada uma área central de restrições à exportação ligadas à segurança nacional, um conflito não resolvido que ameaça um acordo mais abrangente.

A China não se comprometeu a conceder autorização de exportação para ímãs especializados de terras raras que os fornecedores militares dos Estados Unidos precisam para caças e sistemas de mísseis. Os Estados Unidos mantêm restrições à exportação de chips avançados, devido à preocupação de que eles também tenham aplicações militares. Autoridades norte-americanas também sinalizaram que podem estender a pausa de tarifas sobre a China por mais 90 dias além do prazo de 10 de agosto, sugerindo que um acordo comercial mais permanente entre as duas maiores economias do mundo é improvável antes disso. Fontes: Broadcast Agro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.