02/Jul/2025

O Plano Safra 2025/26 da agricultura familiar e empresarial terá o custo de R$ 13,5 bilhões ao Tesouro Nacional, segundo informações do Ministério da Fazenda e do Ministério da Agricultura. O custo refere-se à subvenção concedida pelo Tesouro para equalização das taxas de juros dos financiamentos rurais do ano-safra que começou nesta terça-feira (1º/07). O montante é 17,5% inferior ao aportado pelo Tesouro na safra passada em meio ao aperto orçamentário do Executivo. Do montante total, R$ 9,5 bilhões serão direcionados à subvenção das linhas de crédito da agricultura familiar, enquanto outros R$ 3,942 bilhões serão destinados à equalização das taxas de juros da agricultura empresarial. Essa é a previsão do impacto orçamentário total ao longo do período do Plano Safra. Na safra anterior, a 2024/2025, o governo destinou R$ 16,37 bilhões para a equalização da safra, sendo R$ 10,43 bilhões destinados ao subsídio dos financiamentos da agricultura familiar e R$ 5,94 bilhões para a agricultura empresarial.

O aporte do Tesouro no Plano Safra aumentou 20% de 2023 para 2024 e agora caiu 17,5%. O setor produtivo pleiteava R$ 25 bilhões em subvenção do Tesouro para alavancar os recursos equalizados da política de crédito rural. Ao todo, o Plano Safra 2025/2026 terá R$ 157,233 bilhões em recursos equalizados pelo Tesouro para agricultura familiar e empresarial. O valor é 13,8% superior ao ofertado na temporada anterior, de R$ 138,209 bilhões que. Até 30 de maio, foram aplicados R$ 113,554 bilhões em recursos equalizados nos financiamentos rurais. Do montante de recursos com taxas de juros subvencionadas pelo Tesouro nesta temporada, R$ 113,778 bilhões irão para equalização das linhas voltadas a médios e grandes produtores, aumento de 22,6% ante o ciclo anterior. Outros R$ 43,455 bilhões foram destinados para equalização dos financiamentos direcionados aos agricultores familiares, queda de 4,3%.

Os números são da Subsecretaria de Política Agrícola e Negócios Agroambientais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Apesar da queda no aporte do Tesouro, o aumento nos recursos equalizados totais para agricultura familiar e empresarial deve-se à ampliação das Letras de Crédito do Agronegócio equalizadas. Já na agricultura familiar, em virtude do aumento do custo para equalizar os juros, o montante total de recursos equalizados diminuiu porque o custo aumentou. A expectativa é de que a portaria da Secretaria do Tesouro Nacional com distribuição dos saldos equalizáveis entre as instituições financeiras seja publicada até sexta-feira (04/07). O Tesouro já enviou aos agentes financeiros interessados em operar o crédito equalizado o resultado do leilão, que serão 25 nesta safra. Há um prazo para manifestação das instituições financeiras e posteriormente o Tesouro publica o resultado final e as linhas do crédito equalizado poderão ser operacionalizadas. A safra 2025/2026 começou em 1º de julho e se estende até 30 de junho de 2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.