06/Aug/2025

Segundo a diretora executiva da Conferência da ONU para Mudanças Climáticas, Ana Toni, a COP vai ser inclusiva, pois essa é uma determinação do presidente Lula. A afirmação é uma resposta ao chairman do grupo de 54 países africanos, Richard Muyungi. Muyungi disse que os preços de hospedagem em Belém para o período da conferência são uma questão de inclusão e, no atual patamar, são inacessíveis para parte das delegações. Ela afirmou desconhecer conversas sobre a possibilidade de a ONU arcar com um valor maior para subsidiar a hospedagem dos diplomatas dos países mais pobres.

Hoje, a organização garante às delegações desses países uma diária de US$ 143,00. Outras soluções estão sendo pensadas pelo governo federal, porém, ela não especificou quais seriam as soluções. Presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago acrescentou que, por ora, o governo está se preparando para apresentar as soluções em 11 de agosto, quando acontecerá uma reunião do órgão climático da ONU. Questionado se o problema da hospedagem está tirando o foco das discussões sobre as questões climáticas, Corrêa do Lago disse que a “vida é assim”.

“Mas a essência, evidentemente, é a discussão dos temas da COP e de como a gente vai ampliar a discussão para além da negociação em si com a agenda de ação.” O embaixador voltou a dizer que não é possível retirar a COP de Belém ou dividir as atividades com alguma outra cidade. “Vocês têm de lembrar que Paris precisou construir um centro de convenções para uma COP. Glasgow precisou. Todo o mundo precisou. Só Dubai que não.” Apesar dos esforços de negociação com os setores hoteleiro e imobiliário, ainda não houve nenhum acordo para reduzir o valor das diárias.

Em relação aos altos preços de hospedagem para os visitantes da COP30, o procurador-geral do estado do Pará afirmou estar "muito seguro" com a estratégia que o governo do Pará tem utilizado para solucionar o problema. Ele destacou que o poder público tem se reunido com o setor hoteleiro, o Ministério Público, o Procon e outros agentes envolvidos para debater formas de aumentar a oferta e, consequentemente, reduzir os preços. O mercado vai começar a sentir a diminuição dos valores em breve. O procurador complementou dizendo que Belém recebe anualmente eventos que trazem, inclusive, um público volante maior que a COP. Isso dá a plena segurança de que esse movimento de preços vai se acomodar, reforçou.

Ainda, o estado do Pará e a Aegea estudam antecipar o fim da operação assistida da companhia em Belém e em outros dois municípios próximos à capital. A medida visa acelerar as obras de saneamento na região metropolitana, que sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro. A operação assistida consiste no período de transição entre a assinatura do contrato de concessão e o momento em que a empresa vencedora assume plenamente a operação. O prazo para a mudança gradual de controle é de 180 dias. No caso da região metropolitana de Belém, a Aegea assinou o contrato em julho. Assim, o período, sem extensão, se encerraria em novembro, perto da realização da COP30.

No entanto, o procurador-geral do Estado do Pará reconheceu a possibilidade de antecipar a operação plena da Aegea em Belém e nos municípios de Ananindeua e Marituba, localizados na região metropolitana da capital. A Aegea confirmou que a companhia tem discutido o tema em conjunto com o governo do Pará, o que poderia antecipar o fim da operação assistida para o período entre setembro e outubro. Há necessidades urgentes para ter uma COP com garantia regularidade de fornecimento de água, assim como coleta e tratamento de esgoto. Por isso, está sendo discutido como fazer essa antecipação de maneira segura junto ao governo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.