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06/Aug/2025

Governo sugere parceria com Estados contra tarifas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convidou os governadores estaduais a fazerem parcerias com a União em prol do plano de contingência que reage ao tarifaço. A ideia é que os Estados ajudem a elaborar as ações para auxiliar os setores mais afetados pela tarifa de 50% do governo norte-americano e, por consequência, as economias locais. Como exemplo aos demais, Haddad citou o governador do Ceará, Elamano de Freitas, que o teria procurado em busca de uma renegociação das dívidas do Estado com a União para ajudar a atravessar o momento atual, em que as economias estaduais passam por dificuldades devido ao impacto do tarifaço. No caso do Ceará, a maior parte das exportações tem como destino o mercado norte-americano. O caso agora é de uma emergência que afeta as empresas.

Os governadores que quiserem firmar parcerias podem trazer quais os setores mais sensíveis. O governo federal tem uma capacidade de financiamento que já é de conhecimento do presidente da República. Fernando Haddad, reforçou que, mesmo neste momento de conturbação econômica, o governo não prevê medidas que escapem dos marcos fiscais estabelecidos pela legislação atual, ou seja, pelo arcabouço fiscal. Ao mesmo tempo, disse, a diplomacia trabalha para minimizar a tarifa e despolitizar o debate, para que se consiga chegar a um entendimento o mais rápido possível, fazendo com que as pessoas não sofram as consequências de uma medida que está indevidamente politizada, em virtude de uma situação interna que está sendo aproveitada por uma outra nação.

Para ele, quanto mais unidos os brasileiros, mais fácil vai se negociar com os Estados Unidos. Haddad reforço que não se pode misturar duas agendas completamente diferentes e que, não apenas os democratas, mas alguns republicanos dos Estados Unidos já manifestaram uma certa inconformidade com o tratamento que o Brasil vem recebendo. Na opinião do ministro, a situação do tarifaço vai mudar com o diálogo. Ainda, é importante para o Brasil a integração do continente americano. A questão é que os Estados Unidos foram abdicando da presença no País e na América do Sul, espaço que foi sendo ocupado por China e União Europeia.

O ministro das Relações Internacionais, Mauro Vieira, afirmou que o Itamaraty continua mobilizado contra o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil e que o governo está coordenando uma resposta a ser apresentada até o dia 18 de agosto. Sobre a investida da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, que questiona o PIX e outras práticas brasileiras absolutamente legítimas, o Itamaraty está condenando a preparação da resposta a ser apresentada pelo governo brasileiro no próximo dia 18 de agosto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.