06/Aug/2025

Segundo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o endividamento do setor produtivo do Estados é muito grande e só a União pode dar respostas robustas à renegociação dos débitos, complementando o que o governo do Estado já vem fazendo. O governador afirmou apoiar as medidas em discussão no Congresso, inclusive o uso do Fundo Social do Pré-Sal, que terá cerca de R$ 1 trilhão nos próximos 10 anos. Parte desse fundo pode ser destinada a refinanciar dívidas relacionadas a eventos climáticos, como as estiagens e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Para ele, não seria uma securitização ampla "como no fim dos anos 1990", mas um refinanciamento com prazos mais longos, que daria fôlego aos produtores.

O governador sugere que parte desse crédito seja direcionada a programas de irrigação, já que a maior parte das perdas vem das estiagens ocorridas em anos anteriores ao da enchente de 2024. O executivo estadual tem agido dentro de sua capacidade. Subvencionou R$ 150 milhões no Banrisul para viabilizar a postergação de dívidas, porque a medida do governo federal limitava em 17% da carteira do banco a possibilidade de prorrogação, ou seja, não atendia a todos os produtores. Com a subvenção, foi possível ampliar para que todos os produtores em municípios em situação de emergência, por estiagens ou enchentes, fossem contemplados. Ele citou ainda programas de correção de solos e de subvenção de sementes de milho, que antes cobriam 30% do valor e, por dois anos, atingirá 100%, em especial para a agricultura familiar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.