25/Aug/2025

O cientista e especialista em mudanças climáticas Paulo Artaxo alertou sobre os perigos de abandonar ou modificar a meta de aquecimento global estipulada pelo Acordo de Paris. Essa possibilidade foi aventada porque já é certeza que a meta de limitar o aumento da temperatura média global a algo entre 1,5° e 2°C não será alcançada, segundo mostram estudos científicos. É preciso segurar o Acordo de Paris e manter a meta de aquecimento global. O acordo demorou mais de 10 anos para ser construído e é a única ferramenta que a humanidade tem hoje para evitar o aumento ainda maior de temperatura e uma catástrofe climática.

Existem pressões significativas, principalmente de nações como os Estados Unidos, para flexibilizar ou abandonar as metas. Essas pressões têm levado muitos países a atrasarem a revisão e entrega das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são compromissos assumidos pelos signatários do acordo para limitar suas emissões. Muitos países estão atrasados na apresentação de suas NDCs, um reflexo das complexas mudanças no contexto geopolítico global, marcado por guerras.

Todos os países são obrigados a depositar suas NDCs até o final de outubro. O prazo inicial era fevereiro deste ano. O Brasil apresentou a sua nova NDC pouco antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas no ano passado em Baku (Azerbaijão) no ano passado. A determinação dessas contribuições é apenas o começo: a implementação efetiva dos instrumentos necessários para que cada nação atinja suas metas é fundamental para garantir que o Acordo de Paris não se torne apenas uma promessa vazia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.