25/Aug/2025
Segundo a Confederação Nacional dos Seguros (CNSeg), a atual emergência climática afeta a natureza da indústria de seguros e está entre os maiores desafios do setor. A crise climática muda a modelagem dos seguros, que é baseada nas estatísticas passadas. A mudança climática gera uma quebra do comportamento dos eventos naturais, com secas num semestre e enchente no semestre seguinte. O clima ficou mais volátil com uma maior frequência de eventos extremos. O mundo vive uma urgência climática e há uma urgência de preparar a sociedade para lidar com os efeitos dessa crise.
No ano passado, o mundo teve US$ 358 bilhões em prejuízos econômicos por conta de eventos climáticos. Desse total, 40% foram suportados pela indústria de seguros globalmente. Também no ano passado, as enchentes no Rio Grande do Sul geraram prejuízos econômicos da ordem e R$ 100 bilhões, mas o volume de indenizações foi de apenas R$ 6 bilhões. O setor de seguros deve fazer parte dos esforços em prol da justiça climática, ou seja, que os mais pobres não arquem com os maiores custos dos eventos extremos. É necessário desenhar mecanismos mais justos de redistribuição dos ônus provocados pela mudança climática.
No seguro residencial, por exemplo, o custo do seguro do proprietário de um imóvel com melhor estrutura e numa região com menores riscos de alagamento, por exemplo, deve ser igual ao de um proprietário de imóvel em região de maior risco. Outra proposta é a ampliação do seguro rural porque o pequeno também é muito afetado. A abrangência dessa modalidade no Brasil vem caindo nos últimos anos. Em 2025, abrangeu 5 milhões de hectares. Nesse ano deve ficar em 3 milhões de hectares, sendo que já chegou a 14 milhões de hectares no passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.