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26/Aug/2025

EUA: queda nas exportações agrícolas para China

O protecionismo dos Estados Unidos está minando a cooperação agrícola com a China, e os agricultores não deveriam arcar com o preço da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Essa foi a mensagem do embaixador da China em Washington (EUA). A agricultura se tornou um ponto de discórdia crucial entre os dois países, em meio à guerra tarifária lançada pelo presidente norte-americano Donald Trump. Em março, a China impôs taxas de até 15% sobre US$ 21 bilhões em produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos. Estados Unidos e China estenderam em agosto uma trégua de 90 dias, evitando tarifas mais altas. Apesar da trégua, as exportações agrícolas dos Estados Unidos para a China caíram 53% no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período em 2024, com um declínio de 51% na soja. O embaixador defendeu que a agricultura é um “pilar das relações bilaterais”, com a China tendo uma vantagem em produtos intensivos em mão de obra e os Estados Unidos se destacando em commodities a granel.

No entanto, a Secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Brooke Rollins, anunciou em julho que restringiria a compra de terras agrícolas por “adversários estrangeiros”, incluindo a China, e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) demitiu 70 pesquisadores estrangeiros em uma revisão de segurança nacional. O embaixador chinês desconsiderou as preocupações dos Estados Unidos, afirmando que os investidores chineses detêm menos de 0,03% das terras agrícolas norte-americanas e classificou as restrições como “manipulação política”. Atualmente, exportadores de soja dos Estados Unidos correm o risco de perder bilhões de dólares em vendas para a China, já que as negociações comerciais se arrastam e compradores chineses estão garantindo cargas do Brasil para a importante temporada de comercialização norte-americana. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.