26/Aug/2025
A era de crescimento econômico robusto baseado em tecnologias de inteligência artificial (IA) e data centers pode fazer com que a demanda por energia primária em 2050 seja quase um quarto maior do que em 2024, de acordo com a nova edição do estudo “Cenários Shell 2025”, lançado nesta segunda-feira (25/08). Essa é a primeira vez que o estudo apresenta o cenário Surge, dedicado às transformações na demanda e no sistema energético por conta da IA. A inteligência artificial veio para ficar. Os governos ainda não abraçam totalmente isso hoje, mas o prêmio, no final, é o crescimento econômico. Os outros dois cenários abordados são o Horizontes, em que o mundo alcança as emissões líquidas zero em 2050 pela rápida aceleração da transição energética, e o Arquipélagos, que apresenta um o cenário geopolítico mais acirrado e como isso afeta a velocidade da transição energética. Não se sabe exatamente como o mundo vai evoluir, mas a transição energética e a segurança energética passam muito pela forma como lidar e consumir energia.
Esse estudo sobre o futuro energético é para ser usado pela sociedade na tomada de decisão, ressalta a Shell Brasil. O estudo é produzido há mais de 50 anos. A atual edição destaca, entre outros pontos, a aceleração da eletrificação, especialmente em algumas áreas como de veículos leves, por exemplo, e o papel dos biocombustíveis. Em alguns cenários, há oportunidade de o biocombustível triplicar a sua demanda em 2050, quando comparado com 2020. O estudo também traz algumas comunalidades, que reforçam a necessidade do uso de hidrocarbonetos por algumas décadas, especialmente voltado à segurança energética. As estimativas apontam para uma demanda de petróleo cresça entre 3 e 5 milhões de barris diários até o início da década de 2030. A energia nuclear, por sua vez, continua fazendo parte do mix global de eletricidade, mas pode não apresentar crescimento líquido no curto e médio prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.