26/Aug/2025
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, voltou a afirmar que há otimismo do governo e do setor produtivo para que café e carne bovina ainda sejam retirados do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil. Os produtos ficaram de fora da lista de exceções à sobretaxa de 40%, em vigência desde 6 de agosto. O preço do hambúrguer nos Estados Unidos já aumentou bastante. Há pressão dos próprios importadores norte-americanos que estão reagindo ao tarifaço e reclamando sobre as alíquotas com o governo de Donald Trump. O governo brasileiro continua a negociação com os Estados Unidos para diminuir tarifa e retirar produtos da lista.
Segundo o ministro, essa expectativa de retirada de mais produtos agropecuários do tarifaço é um dos motivos para carne bovina e café não terem sido incluídos na lista de compras governamentais simplificadas, autorizada pelo Executivo no âmbito da Medida Provisória nº 1.309/2025, que estabelece um plano de contingência para setores afetados pelo tarifaço. Produtos que entraram na medida são alimentos perecíveis e que não possuem solução imediata de redirecionamento no mercado internacional. Há demanda dos setores para serem excetuados do tarifaço e não veem necessidade de inclusão em compras públicas.
A avaliação é de que mais produtos poderão ser inclusos na lista de exceção ao tarifaço. É um pedido desses setores para que o governo reforce a negociação com os Estados Unidos para ficarem de fora da tarifa, ao mesmo tempo que a sociedade norte-americana está reagindo. O ministro acrescentou que tanto o mercado de café quanto o de carne bovina são cadeias consolidadas e com acesso amplo a vários mercados internacionais. O café tem um mercado muito grande no mundo e há falta do produto. A carne igualmente com outros mercados que querem a carne brasileira, além do que ela pode ser congelada e possui validade maior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.