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08/Oct/2025

OMC eleva projeção para comércio global em 2025

A Organização Mundial do Comércio (OMC) elevou as projeções para o crescimento do comércio global de mercadorias neste ano, mas cortou a do próximo. O ajuste reflete que o impacto completo das tarifas dos Estados Unidos será sentido apenas em 2026. O comércio global de mercadorias crescerá 2,4% em 2025, nível bem acima do previsto em agosto, de 0,9%, e distante da contração de 0,2% apontada no relatório original, de abril. Em 2026, contudo, é esperada desaceleração a 0,5%, abaixo do estimado em agosto (1,8%) e em abril (2,5%). Esta "inversão de cenários" ocorre após o comércio global de mercadorias crescer mais rápido que o esperado no primeiro semestre de 2025, conforme importadores norte-americanos tentavam se antecipar aos aumentos de tarifas.

O comércio também teve apoio de condições macroeconômicas favoráveis: a desinflação, política fiscal expansiva e mercados de trabalho apertados impulsionaram a renda e os gastos nas maiores economias. O avanço do comércio de mercadorias irá desacelerar em 2026, à medida que a economia global arrefece e o impacto completo das tarifas seja sentido por um ano inteiro. O comércio global de serviços crescerá 4,6% em 2025 e 4,4% em 2026, desacelerando em relação ao avanço de 6,8% em 2024. A projeção também foi revisada em comparação ao levantamento de abril que considerava a influência de tarifas dos Estados Unidos, levemente mais forte que os 4% e 4,1% previstos, respectivamente.

Apesar do primeiro semestre forte e da melhora nas perspectivas, os fluxos de comércio da América do Norte ainda devem cair 3,1% em 2025 e 1% em 2026, contribuindo negativamente para os números globais. A Ásia deve ter a maior contribuição positiva em 2025, de 5,3%, mas ficará estável em 2026. A América do Sul terá alta de 2,4% no comércio neste ano, contudo, deve registrar contração de 1,9% no próximo ano. Os gastos com produtos relacionados a inteligência artificial saltaram no primeiro semestre, particularmente na Ásia e na América do Norte. O setor continuará apoiando o crescimento do comércio global e, na América do Sul, o Brasil e o Chile estão se destacando na importação de equipamentos de computação para montar hubs regionais de serviços em nuvem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.