09/Oct/2025

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (08/10), o terceiro leilão do programa Eco Invest Brasil, voltado à atração de investimentos externos em participação societária (equity), com foco em inovação e sustentabilidade. Neste leilão, os recursos do programa serão destinados às instituições financeiras para estruturar mecanismos de mitigação de risco cambial e de risco de performance dos projetos. Assim como nos leilões anteriores, os bancos deverão assumir o compromisso de alavancar capital privado, definindo quanto de investimento em equity será mobilizado para os fundos e projetos apoiados. Os recursos mobilizados pelo leilão irão apoiar empresas de base tecnológica e fomentar startups e negócios em expansão que desenvolvam projetos nas áreas de: bioeconomia, como superalimentos, biosaúde e biofertilizantes; transição energética (incluindo SAF, hidrogênio verde, biogás e outras soluções); e economia circular, como bioplásticos, gestão de resíduos sólidos, reciclagem de baterias, entre outros.

Nesta edição, o programa terá um mecanismo de hedge cambial, oferecendo ao investidor um instrumento de proteção parcial contra variações do real em condições mais vantajosas que as usualmente praticadas no mercado. O governo sustenta que a novidade torna o Eco Invest ainda mais atrativo para o investidor internacional e atende a uma demanda histórica do mercado financeiro global. A abertura do evento teve participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Também estavam presentes a embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, participou por videoconferência. Na sequência, houve uma mesa técnica para detalhar o leilão, com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco; o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux; o procurador-geral adjunto Luiz Henrique Alcoforado; o coordenador do Eco Invest Brasil, Mário Almeida; e a representante do BID no Brasil, Annette Killmer.

Após a publicação da portaria, as propostas das instituições financeiras devem ser apresentadas até 19 de novembro de 2025. O Programa Eco Invest Brasil é coordenado conjuntamente pelos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima e conta com o apoio do BID e da Embaixada do Reino Unido no Brasil. A iniciativa integra o Plano de Transformação Ecológica da Fazenda. Nas edições anteriores, o programa mobilizou mais de R$ 75 bilhões, dos quais R$ 46 bilhões serão provenientes de investidores estrangeiros. Até o momento, mais de R$ 4 bilhões já foram desembolsados para impulsionar projetos como a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e de saneamento básico. A segunda edição do leilão, focada na recuperação de terras degradadas, alavancou recursos para restaurar 1,4 milhão de hectares, uma área nove vezes maior que a cidade de São Paulo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.