17/Oct/2025

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), as perdas consecutivas acumuladas nas safras, somadas à queda na rentabilidade dos produtores rurais, têm levado ao crescente endividamento dos produtores rurais. Em anos ruins, o normal é ter no máximo 4% de ativos problemáticos na carteira de crédito rural. Atualmente, a média é de 10% a 20% de ativos problemáticos. Não é um problema limitado e localizado. Os ativos problemáticos citados são as operações de crédito rural com atraso de mais de 90 dias conjugadas com prorrogações. No Rio Grande do Sul, que registrou perdas em cinco safras consecutivas, o índice atinge 33% da carteira de crédito rural com os chamados ativos problemáticos.

Em Mato Grosso do Sul, 17% da carteira de crédito rural tem atraso de mais de 90 dias nos pagamentos combinados com prorrogações, enquanto no Maranhão, o indicador é de 20%. A safra passada chegou a ensaiar uma recuperação na renda bruta do produtor, mas, infelizmente, teve novamente o aumento de custo e redução do lucro ao produtor. O endividamento está no limite e o produtor não consegue recuperar o seu limite de crédito. Se trata de uma questão cíclica. A Medida Provisória 1.314/2024, que autoriza a renegociação das dívidas dos produtores rurais, não atende a todos municípios com perdas acumuladas nas safras anteriores. A entidade vai trabalhar na Comissão Mista que avalia a MP 1.314 para incluir maior número de municípios com prejuízos na produção agropecuária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.